Pharol quer que ex-administradores suportem a multa da empresa nos EUA - TVI

Pharol quer que ex-administradores suportem a multa da empresa nos EUA

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A Pharol vai tentar obter os 1,25 milhões de dólares (cerca de 890 mil euros) de multa que aceitou pagar ao regulador do mercado dos Estados Unidos no processo contra ex-administradores da empresa

A Pharol vai tentar obter os 1,25 milhões de dólares (cerca de 890 mil euros) de multa que aceitou pagar ao regulador do mercado dos Estados Unidos no processo contra ex-administradores da empresa.

A assessoria da Pharol, ex-Portugal Telecom SGPS, disse esta sexta-feira à agência Lusa que os advogados da empresa vão incluir este valor na indemnização a pedir em tribunal.

"Os processos que já foram interpostos vão ser aproveitados para, quando estiverem a ser julgados, se pedir um montante de indemnização maior", de acordo com a assessoria.

A 2 de outubro do ano passado, a Pharol anunciou que tinha dado entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa a primeira ação de responsabilidade contra os ex-administradores Henrique Granadeiro, Pacheco de Melo e Amílcar Pires devido aos investimentos na Rioforte.

Em comunicado enviado ao mercado na altura, a companhia adiantou que "na ação é peticionada indemnização correspondente à diferença entre o valor de 897 milhões de euros e aquele que a Pharol vier a receber no âmbito do processo de insolvência da Rioforte, bem como os demais danos que se vierem a apurar, tudo a liquidar ulteriormente e acrescido dos juros de mora vincendos, contabilizados desde a data da citação até efetivo integral pagamento".

É nesse âmbito que a empresa, liderada por Luís Palha da Silva, espera vir a recuperar o dinheiro que aceitou pagar à Securities and Exchange Commission (SEC), de acordo com a assessoria.

A multa deve-se a falhas de informação da Portugal Telecom quanto à "natureza e extensão do risco de crédito envolvido nos seus investimentos em instrumentos de dívida emitidos por empresas do conglomerado português Grupo Espírito Santo".

Este caso tem que ver com a aplicação de 897 milhões de euros da Portugal Telecom (PT SGPS e PT Finance) em dívida da Rioforte, 'holding' do GES, os quais nunca foram reembolsados, o que teve consequências no processo de fusão da PT com a brasileira Oi então em curso.

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