Há um abaixo-assinado para proteção dos trabalhadores do Novo Banco - TVI

Há um abaixo-assinado para proteção dos trabalhadores do Novo Banco

  • VC
  • 17 mai 2017, 18:19
Novo Banco

Foi lançado pelo Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários, dados os processos judiciais interpostos pelos clientes lesados do BES

O Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários lançou hoje um abaixo-assinado a favor da proteção jurídica aos trabalhadores do Novo Banco, na mira de processos judiciais por parte dos clientes lesados do BES.

Os trabalhadores do Novo Banco estão desprotegidos, face aos alegados processos que os lesados emigrantes se propõem intentar, abrangendo quase 200 trabalhadores, bem como as ações que correm já, intentadas pelos 'lesados' residentes, sobre os trabalhadores do Novo Banco, que na boa fé comercializaram papel comercial do GES [Grupo Espírito Santo] (mais de uma centena já constituídos arguidos)"

O Novo Banco "terá preparado a contestação inicial, mas como as acusações são de burla, fraude, etc, configuram crimes públicos, em que as partes não poderão desistir", lê-se em comunicado.

Os trabalhadores vão ser chacinados. Os lesados, no acordo que fizeram entre a CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários], BdP [Banco de Portugal], Governo, que abdicam de litigar contra aquelas entidades, seus representantes e contra o BES [Banco Espírito Santo] e o NB [Novo Banco], mas os trabalhadores ficaram de fora".

Esta tomada de posição surge depois de ter sido anunciado o acordo entre o Governo, BdP, CMVM e os lesados e indignados do papel comercial do GES.

Em declarações à Lusa, o presidente do sindicato, Paulo Marcos, destacou a importância deste acordo, que apelidou de "inteligente e bem-feito", mas vincou que os envolvidos se "esqueceram dos trabalhadores, o que cria uma situação desproporcional, já que não protege a parte mais fraca".

Como os representantes sindicais verificaram que os trabalhadores "estavam manifestamente ausentes de proteção jurídica que fora conferida a todas as entidades", escreveram ao Governo e ao Banco de Portugal, "alertando para a injustiça e pedindo a justa correção". Dizem que, "infelizmente", não obtiveram resposta.

Durante as próximas duas semanas, membros do sindicato dos quadros técnicos bancários vão visitar serviços centrais e balcões para recolher assinaturas. O objetivo é chegar às 10.000.

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