As novas taxas alfandegárias anunciadas na segunda-feira pelos Estados Unidos sobre bens oriundos da China deverão poupar empresas norte-americanas como Apple, Amazon e Google, cujos produtos contêm partes de fornecedores chineses, noticiou a Associated Press.
Os EUA vão impor taxas alfandegárias no valor de 200 mil milhões de dólares (171 mil milhões de euros), anunciou a Casa Branca na segunda-feira.
A Apple enviou a 5 de setembro uma carta a pedir proteção ao seu 'smartwatch' e a outros dispositivos sem fios, tentando persuadir o presidente norte-americano, Donald Trump.
As tarifas vão começar em 10% e subir para 25%, a partir de 1 de janeiro.
Esta decisão significa uma escalada na guerra comercial entre os Estados Unidos da América e a China e um aumento de preços nos preços de consumo nos EUA, que vão desde as malas de mão aos pneus de bicicleta.
A China já se declarou pronta para retaliar e o Presidente norte-americano, Donald Trump, já declarou que se isto acontecer vai taxar mais importações equivalentes a 267 mil milhões de dólares.
Os EUA decidiram avançar com estas novas tarifas, incidentes sobre cerca de 40% das importações chinesas, depois de um período de apreciação pública.
O anúncio aconteceu depois de os EUA já estarem a taxar importações chinesas no valor de 50 mil milhões de dólares.
Através de uma declaração escrita, distribuída pela Casa Branca, Trump afirmou: “As tarifas alfandegárias começam a vigorar em 24 de setembro e serão de 10% até ao final do ano. Em 01 de janeiro, as taxas serão elevadas para 25%”.
No mesmo comunicado, Trump adiantou: “Se a China tomar medidas de represália contra os nossos agricultores ou outas indústrias, vamos aplicar imediatamente a Fase 3, isto é, tarifas aduaneiras sobre cerca 267 mil milhões de dólares de importações suplementares”.
China promete retaliar
O governo de Pequim prometeu hoje retaliar após Donald Trump ter anunciado novas tarifas alfandegárias sobre 200 mil milhões de dólares de produtos chineses.
"Para proteger os seus direitos e interesses legítimos, tal como as regras de livre comércio no mundo, a China ver-se-á obrigada a tomar medidas de retaliação de forma proporcional", justifica o Ministério do Comércio de Pequim.
O executivo de Pequim manifesta a sua perplexidade com as "novas incertezas" traduzidas nesta tarifas aduaneiras anunciadas no decorrer das negociações entre a China e os Estados Unidos para regular o seu diferendo comercial.