OIT: taxa de desemprego será de 10% em 2019 - TVI

OIT: taxa de desemprego será de 10% em 2019

Emprego [Foto: Reuters]

Organização Internacional do Trabalho diz que desemprego em Portugal vai manter tendência de queda nos próximos cinco anos

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) antecipa que a taxa de desemprego em Portugal vai registar uma tendência de queda até ao ano de 2019, altura em que ficará nos 10,1%.
 
Segundo o relatório «Perspetivas Laborais e Sociais no Mundo», a organização diz que, depois do desemprego ter atingido os 14,2% no ano passado, deverá atingir os 13,1% este ano.
 
Em 2016, a taxa de desemprego deverá recuar até aos 12,1%, em 2017 para os 11,3% e em 2018 para menos de 11%. Em 2019, refere a OIT, desce para níveis de 2010 e fica nos 10,1%.

Depois de 18 meses consecutivos de quedas, o INE revelou este mês que a taxa de desemprego subiu para os 13,9% em novembro. E já em outubro se tinha verificado uma subida, para 13,4%.

No entanto, a nível mundial, as perspetivas da organização não são animadoras. Daqui a cinco anos, mais de 212 milhões de pessoas estarão desempregadas.

«A crise financeira destruiu 61 milhões de postos de trabalho desde o ano de 2008 e as nossas perspetivas mostram que o desemprego vai continuar a crescer até ao final da década. Isto quer dizer que a crise no emprego está longe de terminar e não há tempo para complacências», alertou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

Desemprego jovem

A taxa de desemprego jovem continua igualmente a ser um problema. Estima a organização que, a nível mundial, quase 13% dos jovens entre os 15 e os 24 anos estejam a ser afetados, sendo que se prevê «um aumento nos próximos anos».

Contudo, e apesar do número de trabalhadores em situação precária tenha diminuído, «não é aceitável que quase metade da população ativa ainda não tenha acesso a condições básicas e a um emprego decente, sendo que o problema é ainda pior para as mulheres».

E a situação representa um «impacto negativo no crescimento». «As desigualdades salariais em algumas economias avançadas atinge níveis que observamos em economias emergentes. Ao mesmo tempo, nestes países observamos progressos na redução das desigualdades», conclui o relatório.
 

 


 
Continue a ler esta notícia