Já há 17 voos da Ryanair cancelados em Portugal esta manhã - TVI

Já há 17 voos da Ryanair cancelados em Portugal esta manhã

  • (Atualizada às 10:44) AM com CF
  • 26 jul 2018, 08:32

Tripulantes de cabine da transportadora aérea cumprem hoje o último de dois dias de greve europeia para exigirem a aplicação da lei nacional. Empresa garante não haver interrupções na operação em dia de greve

Cerca de 75% dos voos da Ryanair com partida e chegada aos aeroportos do continente foram cancelados devido à greve dos tripulantes de cabine, segundo dados do Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil às 08:45 de hoje.

Os tripulantes de cabine da transportadora aérea Ryanair cumprem hoje o último de dois dias de uma greve europeia para exigirem a aplicação da lei nacional.

“Em Lisboa dos 5 voos programados 3 foram cancelados; no Porto dos 12 previstos não saíram 7 e em Faro o total dos 7 voos foi cancelado”, disse à TVI24 dirigente sindical Bruno Fialho, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

De acordo com Bruno Fialho, até às 08:45 estavam cancelados cerca de 75% dos voos, já tinha indicado também à Lusa.

“No primeiro dia de greve [quarta-feira] foram cancelados 65% dos voos”, acrescentou.

A decisão de partir para a greve foi tomada a 05 de julho numa reunião, em Bruxelas, entre vários sindicatos europeus para exigirem que a companhia de baixo custo aplique as leis nacionais laborais e não as do seu país de origem, a Irlanda.

Com a greve, os trabalhadores querem exigir que a transportadora irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.

A Ryanair tem estado envolvida, em Portugal, numa polémica desde a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas por ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paralisação, que durou três dias, no início de abril.

O sindicato tem denunciado, desde o início da paralisação, que a Ryanair substitui ilegalmente grevistas portugueses, recorrendo a trabalhadores de outras bases. A empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve.

O responsável do Sindicato do Pessoal de Aviação, Tiago Mota, denunciou ainda à TVI24 que os pilotos estão a ser ameaçados pela a Ryanair com deslocação do posto de trabalho. 

Segundo Tiago Mota, a empresa pretende deslocar 100 pilotos para a Polónia e quem recusar será despedido.

Empresa garante não haver interrupções na operação 

Entretanto, a transportadora aérea Ryanair informou hoje não haver interrupções na sua operação, além dos voos previamente cancelados, no segundo dia de greve dos tripulantes de voo em Portugal, Espanha e Bélgica.

À semelhança de uma informação divulgada quarta-feira na rede social Twitter, a companhia área de baixo custo pediu desculpa aos 50 mil passageiros afetados pela paralisação e garantiu estar a operar normalmente os voos agendados.

À Lusa, Bruno Fialho adiantou também que o sindicato recebeu informações sobre a atuação de inspetores da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) em dois aviões no aeroporto de Lisboa hoje de manhã.

A ACT foi verificar se os tripulantes que estavam dentro de dois aviões da Ryanair hoje de manhã eram tripulantes das bases portuguesas ou se eram substitutos de grevistas. Neste momento não tenho mais informação”, disse.

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