Frente Comum marca greve nacional da função pública para 20 de março - TVI

Frente Comum marca greve nacional da função pública para 20 de março

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  • 28 fev 2020, 15:15
Delegados sindicais da Fenprof

Decisão foi anunciada durante um plenário nacional de sindicatos da administração pública

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou hoje uma greve nacional para 20 de março, exigindo aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores em 2020 e a “correção urgente” da tabela remuneratória única.

A decisão foi anunciada durante um plenário nacional de sindicatos da administração pública, realizado esta tarde junto à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, Lisboa.

Os sindicatos da Frente Comum, estrutura da CGTP, exigem uma “efetiva negociação por aumentos salariais reais”, depois de o Governo ter avançado com uma atualização de 0,3% para a função pública e um acréscimo de 10 euros nos dois níveis remuneratórios mais baixos (até cerca de 700 euros).

A última greve de trabalhadores da administração pública foi em 31 de janeiro, convocada pela Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), depois de a Frente Comum ter anunciado uma manifestação para esse dia, com pré-avisos de greve para que os trabalhadores participassem no protesto.

Além do aumento salarial de 90 euros, a Frente Comum exige a correção da tabela remuneratória única, a contagem de todo o tempo de serviço nas carreiras, a atualização do subsídio de refeição para 6,5 euros e a reposição dos 25 dias de férias na administração pública.

Fesap anuncia na terça-feira novas formas de luta na administração pública

A Fesap anunciou que vai avançar com formas de luta, que serão reveladas na próxima terça-feira, para exigir ao Governo que negoceie acordos de aumentos salariais, a revisão de carreiras ou a subida do subsídio de refeição.

Em comunicado, a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) realça que o endurecimento da luta e dos protestos visa responder ao encerramento do processo negocial que culminou com o Governo a propor uma atualização salarial de 0,3% para os funcionários públicos e um acréscimo de 10 euros para os trabalhadores que recebem atualmente até 683,13 euros brutos.

A decisão de “avançar com várias ações de luta e protesto”, que serão divulgadas na próxima terça-feira, foi tomada numa reunião do Secretariado Nacional da Fesap e visa “levar um conjunto de matérias para a mesa das negociações com o Governo”.

Entre as matérias que a estrutura sindical liderada por José Abraão pretende “negociar urgentemente” com o Governo estão a celebração de acordos anuais ou plurianuais que coloquem as remunerações dos funcionários públicos “numa trajetória de recuperação de poder de compra”, a revisão das carreiras, o aumento do subsídio de refeição, a restituição dos três dias de férias retirados durante a ‘troika’ ou a restituição dos pontos da avaliação aos assistentes operacionais.

O endurecer da luta por parte da Fesap junta-se à decisão da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública de realizar uma greve nacional.

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