BES sem condições para apresentar contas de 2014 no prazo - TVI

BES sem condições para apresentar contas de 2014 no prazo

Banco Espírito Santo (Lusa)

Banco explicou que os documentos "têm necessariamente de refletir o impacto da medida de resolução aplicada […] no dia 03 de agosto de 2014", o que ainda não está apurado

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O Banco Espírito Santo (BES) informou esta quinta-feira que não estão reunidas as condições necessárias para a apresentação, dentro do prazo, do relatório e contas de 2014.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BES explica que os documentos "têm necessariamente de refletir o impacto da medida de resolução aplicada […] no dia 03 de agosto de 2014", o que, face à "complexidade e excecionalidade" da medida, ainda não está apurado.

"Não obstante os esforços desenvolvidos pela administração, comissão de fiscalização e auditores do BES, face à complexidade e excecionalidade da medida aplicada ao BES, os trabalhos de validação da conformidade das contas com os termos da medida de resolução não estão ainda terminados, encontrando-se um curso um processo de articulação com o Banco de Portugal tendo em vista a sua conclusão", refere a nota.


O banco diz que "para que as contas possam representar uma expressão fiel e verdadeira da situação financeira do BES, na sua elaboração tiveram e têm de ser tidos em consideração todas as deliberações e determinações do Banco de Portugal adotadas em agosto de 2014, mas também as subsequentes deliberações de ajustamento e outros esclarecimentos necessários para determinar de forma rigorosa e completa o perímetro dos ativos, passivos, elementos extrapatrimoniais e ativos sob gestão que permaneceram no BES após a aplicação da medida de resolução”.

No comunicado, o BES diz ainda que tudo será feito para que os documentos de prestação de contas relativos ao exercício de 2014 sejam apresentados no "mais breve prazo possível", sem, contudo, adiantar uma data.

A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos, assim como os acionistas) e o banco de transição, designado Novo Banco.
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