PSD e CDS denunciam "embuste" na redução do ISP da gasolina - TVI

PSD e CDS denunciam "embuste" na redução do ISP da gasolina

Ministro das Finanças anunciou na segunda-feira, no primeiro dia de debate do Orçamento do Estado para 2019, uma redução de três cêntimos no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos na gasolina (gasóleo fica de fora). Direita pegou no tema esta terça-feira, mas já não foi Centeno a responder

Foi o ministro a Economia e não o ministro das Finanças quem teve de responder às críticas e acusações de PSD e CDS neste último dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2019. Se Centeno anunciou uma redução de três cêntimos no ISP da gasolina, o CDS-PP foi para casa fazer as coisas e o PSD fala mesmo num "embuste".

O centrista Nuno Magalhães estava à espera que ministro da Economia explicasse "enigmática frase" de ontem do ministro das Finanças sobre o ISP.

Desde logo não abrange o gasóleo, o tal que as empresas usam, o tal que os cidadãos do interior utilizam, e que aumentou 40 cêntimos por litro desde 2016. Para ser realmente neutral, o aumento teria de ser uma descida não de três cêntimos, mas de quatro. Assim, na verdade vai aumentar um cêntimo".

O PSD foi mais longe na caracterização da medida: "É um embuste".

Quem diz que desagrava, no fim de contas agrava”, afirmou o deputado social-democrata Cristovão Norte.

Siza Vieira garantiu, na sua resposta, que não será nada disso. 

Percebo o seu interesse pelo ISP, mas preocupação é com competitividade externa das empresas e com os custos de funcionamento das empresas. Com a redução do ISP, gasolina vai ficar desde já ao nível médio da UE e que no gasóleo está abaixo. No transporte de mercadorias, temos o regime do gasóleo profissional que permite recuperar precisamente o ISP".

As bancadas da direita ainda reclamaram da explicação, mas o ministro não entrou em discussão. Limitou-se a responder e fechou o assunto.

Ora, ontem, Mário Centeno disse que a redução "prevista" do ISP na gasolina fará com que a atualização que o imposto sofreu desde 2016 seja "totalmente revertida com esta redução".

A alteração far-se-á por portaria. Na hora da verdade, ao abastecer os veículos, os portugueses vão ver se sentem ou não na carteira o alívio anunciado.

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