Via do Infante: pedem ao Governo para rever portagens - TVI

Via do Infante: pedem ao Governo para rever portagens

Portagens nas SCUT repensadas?

Entidade Regional de Turismo do Algarve e Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve criticam filas de espanhóis que tentaram passar Páscoa em Portugal

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A Entidade Regional de Turismo do Algarve e a principal associação hoteleira da região pediram esta segunda-feira ao Governo para rever a cobrança de portagens na Via do Infante, depois das filas para as pagar verificadas na fronteira com Espanha.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA), António Pina, disse à Lusa que se sentiu «envergonhado» ao ver as imagens dos estrangeiros na fila junto à máquina instalada pela Estradas de Portugal (EP) junto à ponte Internacional do Guadiana, na fronteira entre Castro Marim e Ayamonte, para pagamento de portagens na A22, que liga Vila Real de Santo António a Lagos.

Os turistas procuravam visitar o Algarve nas férias da Páscoa e muitos mostraram a sua insatisfação pela falta de mais máquinas de venda de títulos, pelo sistema eletrónico de cobrança instalado na autoestrada e prometeram não voltar mais a Portugal.

«Senti-me envergonhado. Esta é a frase mais simples e mais serena que posso dizer sobre o que senti ao ver aquelas imagens», disse António Pina, que não entende como «um país que necessita de receitas, e o turismo poderia ser uma fonte de entrada de divisas, trata tão mal» o setor.

Em causa está a cobrança de portagens na A22 (desde 8 de dezembro), mas também o aumento do IVA na restauração e no golfe para 23 por cento em janeiro passado.

O presidente do Turismo do Algarve apelou ao Governo para «não mostrar mais fraqueza e ter a força necessária para rever a medida» de cobrança de portagens na antiga SCUT do Algarve.

No mesmo sentido, Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, criticou as filas verificadas na fronteira durante as férias da Páscoa, considerando que se tratou de «uma situação caricata, desprestigiante e ofensiva para o destino turístico e para o país».

O presidente da principal associação de hoteleiros da região disse que, passados quatro meses da introdução de portagens na A22, «já deu para perceber que o impacto negativo e a descida no número de turistas espanhóis é de tal ordem que justificava que o Governo arrepiasse caminho e revisse a medida, decretando a isenção do pagamento para os carros de matrícula estrangeira».

«Os políticos e os governos revelam ser maiores quando reconhecem os erros em medidas que são lesivas e prejudiciais para os interesses nacionais», apontou Elidérico Viegas.
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