Empresários da ilha açoriana de São Jorge queixam-se de discriminação no PRR - TVI

Empresários da ilha açoriana de São Jorge queixam-se de discriminação no PRR

  • Agência Lusa
  • JGR
  • 17 out 2021, 13:29
Nordeste

O grupo de empresários fala mesmo em "abandono"

A Câmara de Comércio de São Jorge, nos Açores, lamentou hoje que apenas tenham sido consultadas nas Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) as suas congéneres de três ilhas, com os empresários da ilha ao “abandono”.

Os empresários jorgenses subsistem sós, ao abandono das entidades com responsabilidade na região autónoma e deixados à sua sorte para promover o seu desenvolvimento. Das notícias tornadas públicas, (sobre o PRR), o que sobressai de forma clara, é que foram apenas consultadas as câmaras do comércio de três ilhas", refere a direção da Câmara de Comércio de São Jorge, em nota de imprensa.

Segundo o organismo representativo, "assim se mobiliza o desenvolvimento açoriano, em reuniões apenas de alguns, apenas para algumas das ilhas”.

Para aquele organismo, este “mais recente episódio, relativo às Agendas Mobilizadoras, vem reforçar as reivindicações dos empresários jorgenses, de tornar efetiva a necessidade de consulta e atenção do Governo Regional dos Açores a todas as ilhas, não apenas às antigas capitais de distrito”.

Mais ainda quando se perspetivam investimentos como, por exemplo, o que foi anunciado para a ligação marítima desta ilha, à Terceira e Graciosa, ou quando se prometem fundos para ampliação de aeroportos nacionais, alterações às obrigações de serviço mínimo de transportes aéreos e marítimos, sempre com a ausência desta ilha”, afirmam os responsáveis pela Câmara de Comércio de São Jorge.

Para os empresários, constata-se “mais uma vez, que, quer seja pela alteração aos sistemas de transportes marítimos ou aéreos, quer pelas agendas anunciadas de investimento nas infraestruturas de transportes, a ilha de São Jorge foi abandonada pelas entidades com responsabilidade governativa desta região autónoma".

Na sua perspetiva, os responsáveis governativos "recorrentemente decidem à distância e apenas na companhia de instâncias alheias a esta ilha e frequentemente contra os seus interesses”.

De acordo com aquele órgão, “ficou indelevelmente explícito no esclarecimento publicado pelo Governo Regional que este Governo decidiu consultar as associações empresariais de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, argumentando que não escolheu empresas, mas declarando sem qualquer constrangimento que escolheu ilhas, ignorando outras”.

A Câmara de Comércio de São Jorge vem assim “reforçar novamente o apelo a que sejam todos parte integrante do desenvolvimento açoriano, equitativo e transversal”.

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