EUA: minoria republicana veta mais impostos sobre ricos - TVI

EUA: minoria republicana veta mais impostos sobre ricos

Norte-americanos colocam bandeira na estátua comemorativa da batalha de Iwo Jima; (Reuters)

Republicanos fizeram manobra e democratas não conseguiram reunir 60 votos mínimos necessários

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A minoria republicana no Senado norte-americano bloqueou a votação da chamada «regra Buffett», apoiada pelo presidente Barack Obama, para aumentar os impostos sobre os milionários, noticiou esta madrugada a agência Efe.

Devido a uma manobra parlamentar dos republicanos, os democratas, que controlam o Senado, não conseguiram reunir os 60 votos mínimos necessários, de um total de 100, para proceder ao debate e à votação da «regra Buffett».

A medida, assim chamada pelo magnata Warren Buffett, previa a aplicação de uma taxa tributária de 30 por cento sobre quem recebesse pelo menos dois milhões de dólares (1,5 milhões de euros) anuais e, de forma progressiva, sobre quem auferisse pelo menos um milhão de dólares (761 mil euros) por ano.

A «regra Buffett» estava incluída na proposta de lei apresentada pelo senador democrata Rhode Island Sheldon Whitehouse e contava com o forte apoio da Casa Branca, escreve a Lusa.

A administração de Barack Obama converteu a medida numa das suas prioridades para este ano eleitoral e tanto a Casa Branca como os seus aliados democratas no Congresso asseguram que se trata simplesmente de uma matéria de justiça social.

Na realidade, muitos norte-americanos com altos rendimentos continuam a pagar uma percentagem de impostos menor do que os trabalhadores da classe média.

Uma sondagem divulgada na segunda-feira revelou que 72 por cento dos 509 norte-americanos inquiridos apoiam a «regra Buffett».

No domingo, o presidente norte-americano voltou a insistir que a «regra Buffett» não procura uma «redistribuição» da riqueza, como alegam os seus opositores, mas antes incentivar o crescimento e a competitividade da economia dos EUA.

Para a oposição, a medida é um mero artifício eleitoral e não equilibrará as contas públicas.
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