Função Pública «não aceita mais cortes» nos salários e pensões

A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP) afirmou esta segunda-feira que não aceitará novas medidas de austeridade que correspondam a novos cortes nos salários e pensões.

«Os trabalhadores da Função Pública não aceitam novo roubo nos seus salários, venha ele sob a forma que vier. Seja por via da Taxa Social Única (TSU) que o Governo foi obrigado a meter na gaveta, seja pelo agravamento do IRS e de uma taxa sobre parte ou totalidade do subsídio de Natal», disse a Federação numa nota de imprensa.

A Federação dos sindicatos da Função Pública emitiu o comunicado após o Governo ter assumido na reunião de concertação social de hoje que está disponível para encontrar alternativas à alteração da Taxa Social Única (TSU), escreve a Lusa.

No final da reunião, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, comprometeu-se a devolver os subsídios de férias e de Natal, de uma forma «parcial», aos trabalhadores do setor público e aos pensionistas a partir de janeiro de 2013 e disse que o Governo está a preparar uma proposta de aumento de impostos, incluindo do IRS, para compensar essa devolução.

Passos Coelho anunciou no dia 7 o aumento de 11 para 18 por cento das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social e a descida de 23,75 para 18 por cento dos descontos das empresas.

Para a FNSFP as afirmações de hoje do primeiro-ministro indiciam «que vem aí um conjunto de medidas de igual gravidade, em substituição do aumento da TSU, que impõem da parte dos trabalhadores da Função Pública, dos aposentados e do povo em geral, uma resposta igual ou maior ainda do que aquela que foi dada no passado dia 15 de setembro».