Moody's mantém rating de Espanha até setembro - TVI

Moody's mantém rating de Espanha até setembro

Moody`s - EPA/ANDREW GOMBERT

Agência de notação espera ter mais informação sobre a amplitude da recapitalização dos bancos

Relacionados
A agência de notação financeira Moody's anunciou esta sexta-feira que mantém o «rating» de Espanha, Baa3, que está sob avaliação, até ao final de setembro, à espera de ter mais informação sobre a amplitude da recapitalização dos bancos do país.

A agência iniciou o período de análise à economia espanhola a 13 de junho, altura em que cortou em três níveis a notação de Espanha, colocando o país mesmo acima da categoria de «investimento especulativo», escreve a AFP.

Este período de revisão, que poderá desencadear uma nova queda do «rating», vai prolongar-se «até ao fim de setembro», disse a Moody's, em comunicado, salvaguardando que não exclui «uma ação imediata» caso a capacidade de refinanciamento de Madrid se degrade.

O principal alvo da avaliação da Moody's à economia espanhola é a dimensão e os termos do plano de apoio ao setor bancário, diz a agência de «rating».

A União Europeia acordou atribuir aos bancos espanhóis um apoio financeiro máximo de 100.000 milhões de euros. Na segunda-feira, o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, garantiu que apenas será preciso usar 60.000 milhões de euros dessa quantia.

Em comunicado, a Moody's explica ainda que o prolongamento da avaliação à dívida espanhola prende-se com a probabilidade de o país «ter necessidade de um apoio exterior mais geral», para enfrentar as suas dificuldades económicas.

Madrid comprometeu-se a realizar poupanças 102.000 milhões de euros, entre cortes orçamentais e aumento de impostos, até 2014, com o objetivo de fazer baixar o défice público dos 8,9 para os 2,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até lá.

No entanto, a situação económica do país continua frágil, o que se comprova com o pedido de ajuda financeira da Catalunha na terça-feira passada, uma das regiões mais ricas de Espanha, que pediu 5.000 milhões de euros ao Estado central, alimentando os rumores de que será preciso um resgate a todo o país.
Continue a ler esta notícia

Relacionados