«Portugal pode ser para o Brasil o que a Irlanda foi para os EUA» - TVI

«Portugal pode ser para o Brasil o que a Irlanda foi para os EUA»

Miguel Frasquilho

Palavras do presidente da AICEP, Miguel Frasquilho

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O presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, disse hoje que Portugal pode ser para o Brasil aquilo que a Irlanda foi para os Estados Unidos, abrindo portas ao investimento brasileiro no país e daqui exportando para a Europa.

«Portugal tem todas as condições de poder ser para o Brasil o que Irlanda foi para os Estados Unidos» disse o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Fraquinho, que integra a missão de três dias ao Brasil, liderada pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, à margem da inauguração do Centro+Negócios da Câmara Portuguesa, em São Paulo.

Miguel Frasquilho disse que tal como a Irlanda teve uma grande importância na captação de investimento norte-americano, servindo como porta de entrada na Europa, também Portugal pode abrir esse caminho às exportações das empresas brasileiras que queiram estabelecer-se no país.

As semelhanças surgem até nas questões linguísticas, pois tal como o inglês é falado na Irlanda e nos Estados Unidos, o português e os laços culturais são comuns a Portugal e ao Brasil.

A par do investimento, o presidente da AICEP centrou-se também na importância das exportações, sobretudo na fase atual de Portugal, até porque «sendo o mercado interno muito limitado, de 10 milhões, as empresas perceberam que com esta crise - e cada crise é uma oportunidade - que a internacionalização era o caminho e significa mais exportações».

«Para que haja mais exportações é necessário consolidar o investimento», afirmou.

Durante esta missão, Pires de Lima e Miguel Frasquilho reuniram-se com várias empresas portuguesas de diversas áreas, como os serviços e as tecnologias de ponta, onde lhes foram transmitidas as maiores preocupações e problemas, assim como as facetas mais positivas que aquelas enfrentam na sua atividade no Brasil.

Um dos problemas detetados, revelou Frasquilho, afeta precisamente o azeite, o produto português mais exportado para o Brasil, representando 172 milhões de euros, com um crescimento de 21% em 2013, em termos homólogos.

«Há um problema de fraude, por causa da mistura que é feita nomeadamente com óleo de soja, ficando o produto adulterado. A AICEP pode aqui ser uma ajuda com as autoridades e tentar passar este obstáculo», revelou.

Numa frase, Frasquilho reforçou que a AICEP «tem a missão de facilitar, facilitar, facilitar e remover custos de contexto e os obstáculos», disse.
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