Jornal alemão: Portugal precisa de novo resgate este ano - TVI

Jornal alemão: Portugal precisa de novo resgate este ano

Portugal (arquivo)

Riscos de bancarrota voltarão no Outono depois de reestruturação de dívida grega dar algum espaço para respirar

Um jornal alemão escreve este sábado que Portugal precisará de um segundo resgate internacional ainda este ano. O «Die Welt» garante que o nosso país sucederá à Grécia nas preocupações com a crise das dívidas soberanas na Europa, citando fontes não identificadas do governo de Berlim.

A restruturação da dívida grega, após o acordo alcançado com os credores privados, dá algum tempo à zona euro para respirar, mas no Outono o risco de bancarrota de países da moeda única em dificuldades financeiras, como a Grécia e Portugal, voltará a agudizar-se, prevê o diário conservador.

Sobretudo se não houver progressos na Grécia, os parceiros europeus poderão «fechar a torneira» a Atenas, o risco de bancarrota regressará, e a crise pode alastrar a outros países do sul da Europa, segundo o «Die Welt».

«O país que suscita mais preocupações é Portugal, e em círculos do governo alemão não se exclui que Lisboa precise de mais dinheiro da União Europeia, ainda no segundo semestre deste ano», diz o matutino germânico.

«Os Estados não conseguirão pagar as suas dívidas se não lograrem ter crescimento económico, e até agora não há sinais de retoma nenhuma nos países em crise», disse o professor de economia da Universidade de Oxford, Clemens Fuest, citado pelo Die Welt.

Para o mesmo especialista alemão, é tudo uma questão de confiança, e no segundo semestre de 2012 a situação dos países em crise não melhorar, os receios dos investidores de perderem o dinheiro investido em Portugal, se também houver uma reestruturação da dívida portuguesa.

Fuest não exclui mesmo a hipótese de a crise se agravar, em vez de melhorar.

Isto porque, explicou o economista germânico, o Banco Central Europeu inundou a zona euro com injeções de capital, os bancos compraram ainda mais títulos da dívida pública de países do sul da Europa, o risco que correm aumentou e, provavelmente, também o nervosismo aumentará, se houver sinais de um agravamento da situação, advertiu Fuest.
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