Compra da Media Capital "é um bom negócio" para todos - TVI

Compra da Media Capital "é um bom negócio" para todos

  • CLC
  • 7 nov 2017, 18:22
Altice (arquivo)

Defendeu o presidente executivo da Altice Media, Alain Weill

O presidente executivo da Altice Media, Alain Weill, está "confiante" de que a compra da Media Capital pelo grupo "é um bom negócio" para todos e defendeu a necessidade de as empresas terem "capacidade de investir em conteúdos".

Num encontro com jornalistas em Paris, a convite da Altice, o 'braço direito' do patrão da Altice, Patrick Drahi, para o setor dos media, Alain Weill afirmou-se "confiante" de que a compra da dona da TVI "é um bom negócio para a Media Capital, para a Altice e para os portugueses".

"Queremos desenvolver o nosso negócio de media em Portugal", acrescentou.

"Estou confiante [no desenvolvimento do negócio], penso que a operação será positiva para toda a gente em Portugal", disse, sublinhando que "é importante" haver "empresas com capacidade de investir em conteúdos".

Alain Weill adiantou que não está envolvido diretamente na operação da compra da Media Capital pela Altice, mas acredita que a concretização do negócio irá "acelerar o desenvolvimento" da dona da TVI.

Em 14 de julho passado, dois anos depois da compra da PT Portugal/Meo, o grupo Altice anunciou que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a aquisição da Media Capital, por cerca de 440 milhões de euros.

Segundo o responsável, que vendeu há dois anos a NextRadio TV à Altice (que tem canais e rádios da BFM), "os operadores de telecomunicações são os únicos com oportunidades de serem concorrentes" do que denominou de GAFA, acrónimo de Google, Apple, Facebook e Amazon.

Sobre a eventualidade de a Autoridade da Concorrência (AdC), que tem neste momento a análise da operação nas suas 'mãos', impor remédios [condições] para que o negócio se concretize, Weill disse não ver "compensações possam ser pedidas à Altice".

O responsável adiantou que em Portugal, com a TVI, poderá avançar-se em novos canais, como por exemplo cinema, e sublinhou a importância dos operadores de telecomunicações terem conteúdos.

"A convergência [media e telecomunicações] é boa para estabilizar o número de subscritores", é "um bom caminho para aumentar as receitas e o ARPU [receita média por cliente] e aumentar a margem", disse.

Sobre o negócio de media em França, Alain Weill referiu que foram "criados mais de 200 empregos", na maioria para jornalistas, desde que foi comprada pela Altice.

Atualmente, a área de media do grupo em França conta com cerca de 1.200 pessoas.

"O nosso projeto é abrir canais de notícias locais nas principais cidades em França", disse, salientando que a ideia é lançar entre cinco a dez canais geridos a partir de Paris, sem adiantar mais pormenores.

"A integração da BFM foi um sucesso", disse, salientando que no final de três anos o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) será duplicado. Ou seja, em 2018.

A Altice tem três canais de televisão em França (BFM TV, BFM Business TV e RMC Découverte), duas estações de rádio (RMC e BFM Business Radio). No seu portefólio, contam-se ainda a revista L’Express e o diário Libération.

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