OE2021: "Recusar políticas urgentes é colocar-se do lado errado da história", diz ministra do Trabalho - TVI

OE2021: "Recusar políticas urgentes é colocar-se do lado errado da história", diz ministra do Trabalho

Ana Mendes Godinho enfatiza que a luta se faz com soluções e não com problemas e olha para o passado apenas para dizer que "escolhas erradas já as tivemos nas crises passadas e sabemos bem onde isso nos levou"

A ministra do Trabalho e da Segurança Social questionou esta quarta-feira a posição de alguns partidos face ao Orçamento do Estado para o próximo ano. Para Ana mendes Godinho, e face aos enormes tempos de incerteza que vivemos, Portugal vai mostrar ser, enquanto sociedade, "aquilo que conseguirmos responder em conjunto".

Escolhas erradas já as tivemos nas crises passadas e sabemos bem onde isso nos levou. Vivemos tempos de enorme incerteza. Importa atuar e é isto que estamos a fazer. Recusar estas políticas urgentes e necessárias é colocar-se do lado errado da história. Este é um orçamento para tempos de emergência”, realçou, destacando que "este Orçamento do Estado veio responder, exatamente, aos problemas e às fragilidades que a pandemia pôs a nu”.

Aludindo à posição do PSD, a ministra enfatizou que a luta se faz com soluções e não com problemas.

Hoje decidimos aqui quem luta pelo país e pelas pessoas e quem baixa os braços e desiste de lutar. Continuar a lutar implica construir soluções e não apenas apresentar problemas e num espaço de diálogo permanente para encontrar soluções para as pessoas, pergunto ao senhor deputado Batista Leite ou ao PSD se desistiram da seriedade e da responsabilidade", declarou Ana Mendes Godinho.

 

Nos tempos de incerteza que atravessamos, a discussão do orçamento ganha ainda mais relevância. Além do desenvolvimento das linhas programáticas para o futuro do país, o que está agora em causa é a definição da estratégia de resposta aos efeitos da crise. Uma crise inédita e que interpela à nossa capacidade coletiva, adiantou.

Combater a crise sem austeridade

Na máxima de 'não deixar ninguém para trás', durante a sua intervenção na Assembleia da República, a ministra diz que, à crise pandémica, junta-se o esforço de reforçar o contrato social.

Para além de combater uma pandemia, teremos de ser capazes de reforçar o nosso contrato social. Para isto, precisamos de continuar a proteger as pessoas, relançar a economia. E a proposta de Orçamento de Estado que o Governo apresenta ao Parlamento visa exatamente isto: fortalecer o Estado social na sua missão elementar, de estar ao lado de quem precisa, quando mais precisa, protegendo os rendimentos e apoiando o emprego”

 

Vivemos tempos para os quais ninguém estava preparado, em nenhuma parte do mundo. De um momento para o outro, uma pandemia com efeitos imprevistos colocou em causa o normal funcionamento das sociedades, das famílias, do emprego, da economia, exigindo uma forte resposta por parte do Estado, na saúde, na educação, na proteção social, no apoio á emprego, às famílias".

Mais uma vez, o Governo rejeitou o caminho da austeridade, privilegiando "uma recuperação económica, assente na recuperação do rendimento dos trabalhadores e em políticas responsáveis de apoio ao emprego, proteção das famílias e dos mais vulneráveis".

E questionou a (des) união da Esquerda: “Estas são medidas necessárias e urgentes que têm de chegar ao terreno em 2021 porque é para isso que temos um estado social e foi para o reforçar que as Esquerdas se uniram nos últimos anos. Alguém pode compreender que a esquerda que se soube unir contra os devaneios da austeridade se divida no momento atual?".

Continue a ler esta notícia