Ministro da Economia confiante na recuperação das exportações - TVI

Ministro da Economia confiante na recuperação das exportações

Manuel Caldeira Cabral

Manuel Caldeira Cabral diz que "desaceleração" verificada se deve, em grande parte, ao comportamento do mercado angolano

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, considerou esta terça-feira que Portugal vai cumprir a meta de crescimento das exportações prevista para este ano e que a "desaceleração" verificada se deve, em grande parte, ao comportamento do mercado angolano.

"Os dados homólogos são ainda negativos e vemos o efeito muito forte que teve, não só o mercado angolano, mas também no Brasil, mas o bom crescimento para a União Europeia demonstra que não há um problema com o setor exportador nem com as empresas exportadoras, mas um problema de ajustamento a um mercado [Angola] que está com menor dinamismo e que assumiu uma importância grande para a economia nacional", afirmou Caldeira Cabral.

O ministro da Economia, que participou num almoço promovido pelo International Club of Portugal, em Lisboa, comentava os dados relativos ao comércio internacional de Portugal divulgados esta terça-feira de manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo os quais as exportações diminuíram 3,9% e as importações decresceram 0,8% em março deste ano, face ao mesmo mês de 2015, tendo o défice da balança comercial aumentado 133 milhões de euros.

Já no acumulado do primeiro trimestre de 2016, as exportações de bens diminuíram 2,0% e as importações cresceram 1%, em termos homólogos.

Apesar destes dados, Caldeira Cabral acredita que o mercado angolano vai recuperar e que as empresas portuguesas também se estão a ajustar a novos mercados.

Embora reconheça tratar-se de "um processo que terá alguns meses de ajustamento" que não deverá verificar-se ainda no segundo trimestre deste ano, o ministro da Economia acredita que a meta de crescimento das exportações estabelecida para 2016, de 4,9%, será alcançada.

"É possível e vai haver uma recuperação ao longo do ano, mas o efeito negativo que têm a evolução destes mercados já se estava a verificar no final do ano passado e vai ser corrigido ao longo do ano ", sustentou Caldeira Cabral.

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