Isabel dos Santos garante que deixa Sonangol sem dívidas às petrolíferas - TVI

Isabel dos Santos garante que deixa Sonangol sem dívidas às petrolíferas

  • SS
  • 16 nov 2017, 19:44

Esta quinta-feira, a empresária angolana despediu-se dos funcionários da Sonangol

A empresária Isabel dos Santos garante que reduziu a dívida financeira da estatal Sonangol em 6.000 milhões de dólares (5.100 milhões de euros) e que deixa pronto um financiamento "essencial" de 2.000 milhões de dólares, para pagar a petrolíferas.

Em comunicado enviado esta quinta-feira à Lusa, em Luanda, a empresária, que cessou funções como presidente do conselho de administração da petrolífera, após a exoneração decidida pelo chefe de Estado, João Lourenço, na quarta-feira, recorda que a dívida financeira do grupo estatal, quando iniciou funções em junho de 2016, era de 13.000 milhões de dólares (11.000 milhões de euros), cifrando-se atualmente em 7.000 milhões de dólares (5.950 milhões de euros).

Deixamos ainda à nova administração, como instrumento essencial para a sua gestão, um financiamento no valor de 2b$ [2.000 milhões de dólares], com assinatura prevista para os próximos dias, que garantirá o pagamento de todos os 'cash calls' relativos a 2017, permitindo, assim, chegar ao final do ano sem dívidas aos nossos parceiros", lê-se no comunicado.

A empresária desmentiu ainda o teor das notícias veiculadas em Angola, apontando ausência de liderança e de estratégia na Sonangol e mau relacionamento com as companhias petrolíferas, como conclusões do grupo que analisou o setor.

Num desmentindo enviado à agência Lusa, a empresária afirma que o grupo de trabalho em causa, criado pelo presidente angolano, João Lourenço, com o objetivo de serem apresentadas propostas para melhorar o desempenho da indústria petrolífera nacional, "não se debruçou em momento algum sobre assuntos de gestão corrente ou de gestão de investimentos da Sonangol EP ou do grupo Sonangol".

Nas conclusões apresentadas ao chefe de Estado pelo grupo de trabalho, após as queixas das petrolíferas internacionais que operam em Angola, refere-se que o setor petrolífero angolano apresenta uma paralisia, devido aos processos de gestão burocratizados e ineficientes, cuja responsabilidade é atribuída à Sonangol, enquanto concessionária nacional, segundo o documento citado hoje pelo Jornal de Angola.

Esta quinta-feira, Isabel dos Santos despediu-se dos funcionários da Sonangol. Numa publicação no Instagram, a filha do antigo líder angolano José Eduardo dos Santos agradeceu a todos os colaboradores.

 

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