Petróleo a 70 dólares não será «muito mau» - TVI

Petróleo a 70 dólares não será «muito mau»

Petróleo (arquivo)

Governo estima que as receitas fiscais angolanas da exportação do petróleo baixem de 70% para 36,5% em 2015

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O ministro dos Petróleos de Angola, José Maria Botelho de Vasconcelos afirmou que não será «muito mau» se o barril de crude se fixar nos 70 dólares, mas admitiu que a crise no mercado internacional condiciona o desenvolvimento de alguns projetos de produção.

O Governo angolano perspetivou para 2015 a exportação de petróleo a 81 dólares - calculando a partir daí as receitas fiscais -, por barril, face aos 98 dólares do ano anterior. Contudo, tendo em conta a forte quebra do valor do crude no mercado internacional, foi já revisto para 40 dólares.
 

«Com a tranquilidade que temos tido deveremos aguardar. Na semana passada verificámos a inversão na tendência do preço. Esperemos que essa inversão continue e que atinja o mínimo de preço que possa satisfazer os programas de desenvolvimento que o país tem», disse José Maria Botelho de Vasconcelos.


De acordo com dados conhecidos esta semana, o peso das receitas fiscais angolanas decorrentes da exportação do petróleo deverão reduzir de 70 %, em 2014, para 36,5%, este ano.

«À volta de 65, 70 dólares, o barril, já não é muito mau. Embora para nós seria ótimo que o preço atingisse o dos quatro últimos anos, que foi acima dos 100 dólares», apontou o governante, citado hoje pela rádio pública angolana.


Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana e prevê ultrapassar a marca dos 1,8 milhões de barris produzidos diariamente em 2015.

No entanto, num cenário de forte quebra da cotação - ronda atualmente os 55 dólares por barril -, o ministro Botelho de Vasconcelos prevê que apenas os «projeto de continuidade», em termos de prospeção, pesquisa e produção, se desenvolvam durante o presente ano.

«Eventualmente, projetos longos poderão aguardar por melhor oportunidade», admitiu.


O Governo angolano já anunciou o corte de um terço na despesa pública prevista para 2015 para compensar a diminuição das receitas petrolíferas.
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