Costa: empresas que recorreram ao lay-off têm cerca de um milhão de trabalhadores - TVI

Costa: empresas que recorreram ao lay-off têm cerca de um milhão de trabalhadores

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  • AG
  • 15 abr 2020, 16:25

Governo ainda não sabe quais as verdadeiras consequências económicas que a pandemia vai causar

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que recorreram até agora ao lay-off empresas com cerca de um milhão de pessoas nos seus quadros, embora ressalvando que nem todos os trabalhadores destas empresas estão abrangidos por esse regime.

De acordo com os números de quarta-feira, o conjunto de empresas que requereram o regime de lay-off têm nos seus quadros de cerca de um milhão de pessoas. Mas isso não quer dizer que a totalidade dessas pessoas seja abrangida pelo regime de lay-off", declarou António Costa aos jornalistas no final da reunião com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa.

No entanto, o líder do executivo não transmitiu um número exato sobre o número de portugueses já em regime de lay-off.

Neste momento, não temos ainda um número concreto", alegou.

Na terça-feira, após uma reunião com economistas, por videoconferência, o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou esperar "uma quebra da atividade muito acentuada durante este ano" em Portugal, que se deve sobretudo ao presente trimestre.

Mas, a seguir, transmitiu alguns dados que considerou atenuantes em termos de piores expectativas.

Não sabemos ainda qual é a verdadeira redução da atividade económica. Temos resultados de que cerca de 82% das empresas estão a manter a sua atividade, sabemos que neste momento 66 mil empresas colocaram trabalhadores em lay-off (menos de um quarto da população ativa) e ainda não há um crescimento significativo do desemprego", referiu.

De acordo com o ministro de Estado e da Economia, desconhece-se ainda "qual vai ser o impacto real destes meses, entre março e maio, na contração da atividade económica, mas sabe-se que o impacto vai ser severo".

O ministro das Finanças [Mário Centeno] referiu que esperava que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) não chegasse aos dois dígitos. É isso que também diz o FMI, que aponta para valores na ordem dos 8%, assim como outras instituições. Há muita coisa que ainda é incerta, as coisas podem correr um pouco melhor ou pior, mas sabe-se que vai ser duro", acentuou.

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