Presidente do Montepio: "A austeridade hoje não faz sentido" - TVI

Presidente do Montepio: "A austeridade hoje não faz sentido"

«O Montepio é um grupo muito bem capitalizado»

António Tomás Correia, considerou hoje que a economia portuguesa tem condições para entrar num ciclo de crescimento

O presidente do Montepio, António Tomás Correia, considerou hoje que a economia portuguesa tem condições para entrar num ciclo de crescimento, deixando para trás as políticas de austeridade, e elogiou as qualidades do novo ministro das Finanças.

"A austeridade, nos termos em que ela tinha vindo a desenvolver-se, já hoje não faz sentido", afirmou o líder do Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM), à agência Lusa, à margem do lançamento de um livro em Lisboa.


"Nem é possível pensarmos que através de maior carga fiscal do que aquela que temos, através da redução de pensões e de salários, se resolve algum problema no país. Acho que já foi o tempo. Neste momento estamos, de facto, numa fase em que é preciso olhar para os desafios do país de uma forma completamente diferente", realçou.

E acrescentou: "Não acredito que, qualquer que fosse o governo, olhasse para as próximas etapas da nossa vida coletiva com uma ideia fixa no caminho que eu referi: aumento de impostos, diminuição de salários e pensões, mais insolvências, menos empresas".

Pelo contrário, Tomás Correia acha que é altura de "apostar numa nova fase de crescimento, que tem que ser acompanhada por uma maior disponibilidade do rendimento das famílias".

Questionado sobre as suas expectativas acerca do trabalho que Mário Centeno vai levar a cabo na tutela das Finanças, Tomás Correia mostrou estar otimista.

"Não tenho dúvidas de que o professor Mário Centeno oferece garantias de boa gestão na área das Finanças. É um homem com conhecimentos e com uma experiência a toda a prova", lançou, reforçando que tem "uma grande convicção de que ele vai fazer um grande trabalho à frente das Finanças".


De resto, o líder do grupo mutualista acredita que "muitas das dificuldades que o setor financeiro viveu nos últimos anos estão ultrapassadas".

Na sua opinião, "todos os problemas que as famílias, as empresas e as instituições da economia social tiveram que enfrentar estão hoje muito mais atenuados".

Por isso, vincou que "é possível, de uma forma gradual, iniciar uma nova fase de crescimento e de confiança e de esperança no futuro. Se isto ocorrer, certamente que o sistema financeiro vai disso beneficiar".

O gestor concluiu que Portugal "vai entrar numa nova fase, em que a economia tem condições para correr melhor. Também o sistema financeiro beneficiará e o Montepio, em particular, também beneficiará disso".
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