“Com preocupação”. É assim que a Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) vê a entrada da Cabify – a concorrente da Uber - no mercado, já no próximo dia 11 de maio.
“Vejo com preocupação tal e qual como aconteceu com a Uber porque é um serviço que não está licenciado. E se está ilegal a ANTRAL nunca poderá estar de acordo”, disse o presidente da associação, Florêncio de Almeida, à TVI24.
O responsável adianta que, se nada for feito por parte do Governo para resolver esta situação, vão recorrer à justiça.
“Pretendemos fazer a mesma coisa como fizemos com a Uber, ou seja, recorrer aos tribunais. É já amanhã que se inicia a composição de um grupo de trabalho. Se a Uber é ilegal, esta também é ilegal”.
Como funciona a Cabify?
A Cabify já atua noutros mercados, o valor da viagem é calculado apenas com base na distância percorrida, ignorando o tempo passado no trânsito.
O preço da deslocação é por isso revelado ao cliente assim que este acede à aplicação e escolhe a viagem. Tal como a Uber, tem a versão light e executivo.
Marcha lenta marcou protesto
Ainda na semana passada, milhares de taxistas marcharam em protesto contra a Uber desde o Parque das Nações até à Assembleia da República, em Lisboa. O percurso demorou seis horas e entupiu a cidade. Ao final da tarde, os taxistas conseguiram reunir-se com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. O protesto aconteceu também no Porto e em Faro.
Um dia depois, conseguiram reunir-se com o secretário de Estado do Ambiente, que deu algumas garantias aos taxistas: por exemplo, as conclusões que o grupo de trabalho apresentar terão de ser aplicadas a todos os operadores do setor. De lá, os profissionais do ramo saíram falando em "meia-vitória".