Greve nos super e hiper: sindicato afirma "grande adesão", patrões revelam "impacto residual" - TVI

Greve nos super e hiper: sindicato afirma "grande adesão", patrões revelam "impacto residual"

  • ALM com Lusa
  • 23 dez 2017, 19:15

Representantes dos trabalhadores afirmam ter conhecimento de algumas lojas Minipreço e Lidl, de pequena dimensão, fechadas

O primeiro dia da greve dos trabalhadores de lojas, super e hipermercados teve “um impacto residual”, decorrendo dentro da “normalidade”, segundo a Associação Portuguesa de Distribuição (APED), enquanto para o sindicato teve “forte adesão”.

Fonte da APED contactada pela Lusa, pelas 18:15, avançou que o dia correu com “normalidade”, não “havendo alterações aos dados fornecidos no primeiro balanço desta manhã”.

No setor da distribuição registou um impacto residual e não afetou o normal funcionamento das lojas de retalho alimentar e não alimentar que fazem parte da rede dos seus associados”, referiu fonte da APED à Lusa.

A associação garantiu ainda estarem “asseguradas todas as condições para que os consumidores portugueses possam aceder a todos os serviços habitualmente prestados nesta época natalícia”.

Já do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), a dirigente Isabel Camarinha avançou à Lusa “um balanço muito positivo” da paralisação.

A paralisação teve uma grande adesão nas cadeias com super e lojas mais pequenas. Temos conhecimento de algumas lojas Minipreço e Lidl de pequena dimensão fechadas, já que há maior dificuldade em fechar uma loja maior porque tem mais empregados”, explicou.

A dirigente explicou que existe “um grande descontentamento dos trabalhadores com o contrato de trabalho” e daí que tenham aderido à greve.

Isabel Camarinha acrescentou que no domingo, véspera de Natal, a “adesão será maior”, salientando que os trabalhadores não podendo fazer greve durante os dois dias por perda do dia de retribuição, alguns optaram por dia 24, “já que há muitos anos que não passam o dia com os amigos e família”.

Os trabalhadores do retalho iniciaram hoje uma greve de dois dias, juntando-se ao pessoal dos armazéns, que começou o protesto na sexta-feira.

A paralisação, convocada pelos sindicatos da CGTP, tem como objetivo pressionar a APED a evoluir na negociação do contrato coletivo do setor para que se concretizem aumentos salariais, alterações de carreira e regulamentação dos horários de trabalho.

Na sexta-feira os trabalhadores dos armazéns e da logística do Lidl, Minipreço, Jerónimo Martins e Sonae estiveram em greve e concentraram-se junto às respetivas empresas.

As empresas associadas da APED empregam 111 mil trabalhadores.

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