AHRESP satisfeita com “medidas positivas” anunciadas pelo Governo - TVI

AHRESP satisfeita com “medidas positivas” anunciadas pelo Governo

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  • 10 dez 2020, 21:37
Ação de protesto junto à AHRESP no Porto

Medidas anunciadas pelo ministro da Economia têm um alcance de médio prazo, estando de acordo com muitas das medidas que a AHRESP já havia proposto

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) considera "positivas" as medidas anunciadas pelo Governo de apoio ao setor, que vê como importantes para mitigar problemas nas empresas e evitar mais despedimentos.

A AHRESP congratula-se pelas medidas anunciadas pelo ministro da Economia, que têm um alcance de médio prazo, estando de acordo com muitas das medidas que a AHRESP vinha propondo como necessidade imperiosa para evitar graves problemas no tecido empresarial e consequente despedimento de muitos dos nossos trabalhadores", reagiu a associação representativa do setor, num comunicado.

Na mesma nota divulgada, a organização considera "as medidas positivas, em linha com propostas apresentadas pela AHRESP" e "trabalhadas em conjunto com o Governo".

A associação destaca a prorrogação do Apoio à Retoma Progressiva até ao final do primeiro semestre de 2021, assim como o apoio simplificado para as microempresas, que podem optar pelo Apoio à Retoma Progressiva ou por dois salários mínimos por trabalhador, pagos em duas tranches no primeiro semestre de 2021.

O alargamento do Programa Apoiar a médias empresas e empresários em nome individual sem contabilidade organizada é igualmente saudado, tal como a criação de apoios diretos sob a forma de subsídio a fundo perdido, destinados a fazer face a custos com rendas não habitacionais de micro, pequenas e médias empresas que atuem em setores particularmente afetados pelas medidas excecionais aprovadas no contexto da pandemia provocada pela covid-19.

O alargamento da linha de crédito dirigida ao setor industrial exportador, aumentando a sua dotação e passando a incluir as empresas que operam no setor do turismo, é outra das medidas aplaudidas pela AHRESP, para quem são igualmente importantes os apoios diretos "a grandes empresas, sob a forma de crédito garantido pelo Estado, com possibilidade de conversão parcial em crédito a fundo perdido mediante a manutenção dos postos de trabalho, por forma a garantir um apoio imediato à liquidez, eficiência operacional e saúde financeira de curto-prazo".

A associação representativa do setor destaca ainda o alargamento do período de suspensão dos efeitos da cessação dos contratos de arrendamento, estabelecendo-se um regime para os estabelecimentos que tenham sido encerrados, e a "flexibilização, no primeiro semestre de 2021, do cumprimento das obrigações tributárias em sede de IVA, como forma de apoiar e reforçar a liquidez das empresas, para quem tenha uma quebra de faturação de, pelo menos, 25 % face ao período homólogo, podendo efetuar pagamentos em três ou seis prestações mensais, sem juros".

As mudanças foram anunciadas pelo ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Viera, numa conferência de imprensa de apresentação de medidas de apoio às empresas que contou com a presença da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, e dos presidentes das Confederações do Turismo e do Comércio e Serviços.

 

Confederações patronais consideram positivo novo pacote de medidas de apoio

Os presidentes das Confederações do Turismo e do Comércio e Serviços consideraram que o novo pacote de medidas de apoio às empresas apresentado pelo Governo “é positivo” e dá resposta a algumas das suas exigências.

Estas medidas pela primeira vez representam um plano integrado com um período definido, o que é extremamente positivo”, disse hoje o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) depois de ter assistido à conferência de impressa em que o ministro de Estado e da Economia apresentou as medidas que integram o novo pacote de apoio às empresas para o primeiro semestre de 2021.

O presidente da CCP referiu ainda que muitas das medidas agora apresentadas vão ao encontro daquilo que esta confederação tem vindo a defender desde o verão, pelo que só pecam por tardias.

Ressalvando que o detalhe das medidas terá ainda de ser analisado, João Vieira Lopes salientou que “à primeira vista”, este novo pacote de apoios já delineado até ao final do primeiro semestre de 2021, poderá “ajudar bastantes empresas a subsistir” ainda que considere “inevitável” que devido à quebra do volume de negócios “muitas empresas tenham de reduzir os seus quadros de pessoal”.

Apesar de considerar as medidas positivas, o presidente da CCP referiu ser necessário ver de que forma vão as empresas fazer face às rendas de 2020.

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