Desempregados com novas regras a partir de agora - TVI

Desempregados com novas regras a partir de agora

Desemprego

Controlo quinzenal com apresentação nos centros de emprego acaba. Mesmo assim, quem não tem trabalho terá de cumprir um conjunto de deveres para ter direito ao subsídio. E há uma novidade: o Plano Pessoal de Emprego

A partir deste sábado, 1 de outubro, acaba o controlo quinzenal dos desempregados. Quem não tem trabalho deixa de ser obrigado a apresentar-se de 15 em 15 dias nos centros de emprego.

Mesmo assim, continua a ter de cumprir um conjunto de deveres para ter direito ao subsídio. Entre eles está a obrigação de aceitar emprego conveniente, trabalho socialmente necessário e/ou formação profissional.

O desempregado tem ainda que procurar emprego pelos seus próprios meios e provar que o faz, assim como comparecer nas datas e locais definidos nas convocatórias que recebe do centro de emprego.

O incumprimento destes deveres pode dar à perda da prestação social.

Novidade: Plano Pessoal de Emprego

As apresentações quinzenais acabam, mas alteração à lei estabelece também um sistema de acompanhamento personalizado para o emprego, no âmbito do Plano Pessoal de Emprego (PPE).  O objetivo é garantir:

  • Acompanhamento e orientação
  • Ativação na procura de emprego, através da formação e aquisição de competências
  • Monitorização e fiscalização do cumprimento das obrigações previstas na lei

O acompanhamento personalizado para o emprego inclui, nomeadamente, a elaboração conjunta do PPE, que deve ser feito até ao período máximo de 15 dias após a inscrição do beneficiário no centro de emprego.

Este plano tem de ser atualizado e reavaliado regularmente. De que forma?

  • Sessões de procura de emprego acompanhada
  • Sessões coletivas de caráter informativo: direitos e deveres dos beneficiários, mercado de emprego e oferta formativa, programas disponíveis no serviço público de emprego
  • Sessões de divulgação de ofertas e planos formativos adequados ao perfil de cada beneficiário

Em Portugal, existiam 561 mil pessoas desempregadas em agosto, segundo a estimativa do Instituto Nacional de Estatística. São menos 68 mil do que em julho. 

A lei surgiu do acordo entre o PS e o Bloco de Esquerda, o principal proponente da medida. Para o partido, a apresentação quinzenal assemelhava-se a uma “humilhação” e fazia o cidadão comum passar por um “criminoso”.

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