CDS-PP tem «postura oportunista» do funcionamento político - TVI

CDS-PP tem «postura oportunista» do funcionamento político

Arménio Carlos no congresso do PS

Acusação é feita por Arménio Carlos

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, afirmou este sábado que o CDS-PP «tem uma postura oportunista do funcionamento político», sendo um partido «que faz de conta que está fora, mas continua dentro».

Questionado sobre se tem expectativas sobre a declaração que líder do CDS-PP, Paulo Portas, vai fazer no domingo sobre as medidas anunciadas para 2013 e o «plano orçamental para 2014 e para 2015», Arménio Carlos respondeu que «não», acrescentando que o CDS-PP «é tão responsável como o PSD pelo que se está a passar».

O secretário-geral da CGTP-IN, que falava aos jornalistas, no Porto, antes do início da Conferência «Álvaro Cunhal ¿ A organização e a luta dos trabalhadores», criticou Paulo Portas por ser líder de um partido que tem um ministro [Pedro Mota Soares] que «não tem uma resposta objetiva para os mais de 55% de desempregados que neste momento não têm qualquer proteção social».

«Estamos perante uma enormíssima crise política», disse, acrescentando que PSD e CDS-PP «já não se entendem uns com os outros», estando apenas «conjugados numa coisa que é levar a política de austeridade tão longe quanto possível».

Para Arménio Carlos, «a crise está a tornar-se insuportável, porque está a trazer problemas gravíssimos no plano económico e social».

«Estas medidas de cortes [anunciadas pelo primeiro-ministro], o que vêm trazer não é crescimento, é mais recessão», frisou.

Afirmando que «é preciso cortar», Arménico salientou, contudo, «que não pode ser na despesa social, tem de ser na despesa parasitária».

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, vai fazer no domingo uma intervenção sobre as medidas anunciadas para 2013 e o «plano orçamental para 2014 e para 2015».

O CDS-PP, parceiro de coligação do PSD no Governo, não comentou na sexta-feira oficialmente o pacote de medidas anunciado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Numa declaração ao país, o primeiro-ministro anunciou um pacote de medidas que vão poupar nas despesas do Estado 4,8 mil milhões de euros, até 2015, que inclui o aumento do horário de trabalho da função publica das 35 para as 40 horas, a redução de 30 mil funcionários públicos e o aumento da idade da reforma para os 66 anos de idade, entre outras medidas.

O Governo pretende também criar uma contribuição sobre as pensões e prevê o aumento das contribuições para os subsistemas de saúde dos trabalhadores do Estado (nomeadamente a ADSE) em 0,75 pontos percentuais, já este ano, e 0,25 % no início de 2014.

O primeiro-ministro anunciou ainda que o Governo pretende limitar a permanência no sistema de mobilidade especial a 18 meses e eliminar os regimes de bonificação de tempo de serviço para efeitos de acesso à reforma.
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