A CGTP foi recebida esta quinta-feira pelo Presidente da República. Na reunião, além de reclamar o aumento do salário mínimo nacional, a intersindical falou ainda com Cavaco Silva sobre a não publicação de portarias com atualizações salariais em algumas empresas.
No fim da audiência, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, falou com os jornalistas sobre o regime de duodécimos, cujo diploma relativo aos trabalhadores do setor privado foi já aprovado pelo Presidente.
Para a estrutura sindical, os duodécimos só chegam para «mascarar a questão de fundo», que é o corte de rendimento resultante do aumento da carga fiscal.
Arménio Carlos pronunciou-se ainda sobre os dados da execução orçamental de 2012, publicados na quarta-feira pela Direção Geral do Orçamento, considerando que os mesmos demonstram que as políticas do Governo «falharam».
Prova disso é que, pesar dos «monumentais sacrifícios» que estão a ser pedidos aos portugueses, as metas do défice só são atingidas «graças a uma matreirice que é a receita extraordinária conseguida com a venda da ANA».
Para Arménio Carlos, os dados da execução orçamental demonstram ainda que as receitas com o IRS, o IRC e o IVA estão a descer e «tendencialmente continuarão a cair devido à inadequação dos cortes que estão a ser efetuados nos salários e nas pensões».
«O que vai acontecer é que vão acentuar-se as desigualdades, com aumento da pobreza e a fome a bater à porta de cada vez mais famílias», disse o secretário geral da CGTP.
CGTP pede aumento do salário mínimo a Cavaco
- Redação
- 24 jan 2013, 14:01
Arménio Carlos critica regime dos duodécimos e execução orçamental
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