CGTP pede demissão do Governo e marca nova manif - TVI

CGTP pede demissão do Governo e marca nova manif

Manifestação a pedir demissão do executivo terá lugar a 25 de maio, em Belém

A CGTP pediu esta quarta-feira, Dia do Trabalhador, a demissão do Governo. O líder da intersindical, Arménio Carlos, que discursou na Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa, anunciou ainda a marcação de uma manifestação para 25 de maio, em Belém, contra a «exploração e o empobrecimento, pela demissão do Governo e a realização de eleições».

Além da manifestação, a CGTP marcou também para dia 30 de maio (um dos feriados que o Governo suspendeu) «um dia de protesto em todo o país, nos locais de trabalho dos setores privado e público, contra o roubo dos feriados e o trabalho gratuito», afirmou o sindicalista, após o tradicional desfile de 1 de maio.

Já o líder da UGT, no seu discurso, voltou a mostrar-se disponível para uma aproximação à CGTP e apelou à «sensibilidade social».

Descrevendo este Dia do Trabalhador como um dos «maiores de sempre», que «se realiza num crescendo de lutas nas empresas e nas ruas», Arménio Carlos disse que está «na hora deste Governo ir embora».

Segundo o líder sindical, é necessário recuar a tempos que se julgavam em «definitivo ultrapassados» para se encontrar «níveis de pobreza e de miséria, de desemprego e baixos salários, de roubo do presente e negação do futuro» como os que existem hoje. Por isso, pediu «pudor», que «haja vergonha», e criticou os que atribuem esta política ao facto de«termos vivido todos acima das nossas possibilidades».

«Eles são os Belmiros, os Amorins, os Soares dos Santos e tantos outros, que auferem num ano, aquilo que a esmagadora maioria da população nunca receberá numa vida de trabalho», disse.

Arménio Carlos deixou críticas a todos os cortes já avançados pelo Governo, da saúde à educação e à administração pública. «O nível da degradação a que esta política conduz é gigantesco», afirmou, exigindo «uma mudança de política e de Governo».

Em alternativa aos cortes do Governo, Arménio Carlos propõe cortes na «despesa parasitária nos juros da dívida», através da renegociação da mesma. Outra das propostas passa por «alargar os prazos para a redução do défice».

[Notícia em atualização]
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