TAP: CGTP acusa o Governo de cometer um crime - TVI

TAP: CGTP acusa o Governo de cometer um crime

TAP (Reuters)

"A conferência de imprensa do secretário de Estado dos Transportes foi mais um episódio da novela da privatização da TAP em que o Governo pretende justificar o injustificável", considera Arménio Carlos

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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou esta sexta-feira o Governo de tentar justificar o injustificável e acusou o executivo de estar a cometer um crime ao privatizar a TAP.

"A conferência de imprensa do secretário de Estado dos Transportes foi mais um episódio da novela da privatização da TAP em que o Governo pretende justificar o injustificável", disse o sindicalista à agência Lusa.


O secretário de Estado dos Transportes anunciou em conferência de imprensa que foram entregues três propostas para a compra da TAP mas não revelou o nome dos interessados.

Arménio Carlos reafirmou que a TAP não deve ser privatizada, devido à sua importância estratégica para o país, e considerou que o processo é "demasiado opaco".

"Este processo é interessante para os privados mas desastroso para a TAP e para o país", disse.


O sindicalista considerou ainda que o Governo está a tentar passar a ideia de que o processo está fechado e lembrou tentativas anteriores de privatização da TAP que "foram travadas pela luta dos trabalhadores".

"Estamos convictos que desta vez os trabalhadores também saberão lutar contra este crime contra a economia portuguesa", afirmou.


Fontes ligadas ao processo de privatização confirmaram à Lusa que os empresários David Neeleman, German Efromovich e Miguel Pais do Amaral entregaram propostas vinculativas para a compra de até 66% do grupo TAP.

Segundo o caderno de encargos para a privatização da transportadora aérea, o comprador tem que assegurar o reforço da capacidade económico-financeira da empresa e assumir compromissos de estabilidade laboral.

A capitalização é o primeiro de nove critérios para a escolha do futuro dono da TAP, seguido pelo valor da oferta e projeto estratégico, segundo o caderno de encargos.

O valor oferecido pelo capital a alienar pelo Estado, num limite máximo de 66% nesta primeira fase, surge em segundo lugar no artigo 5.º do documento, aparecendo depois a "apresentação e garantia de execução de um adequado e coerente projeto estratégico, tendo em vista a preservação e promoção do crescimento da TAP".
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