Portugal exige mais fundos para desenvolvimento rural - TVI

Portugal exige mais fundos para desenvolvimento rural

Assunção Cristas vai às vindimas no Douro (Nuno André Ferreira/Lusa)

Orçamento comunitário continuará a ser inaceitável sem reforço de verbas para o desenvolvimento rural, garante ministra da Agricultura

Portugal continuará a considerar «inaceitável» uma proposta de orçamento comunitário para 2014-2020 que não contemple um aumento das verbas destinadas ao desenvolvimento rural, afirmou a ministra da Agricultura, Assunção Cristas.

«Se não houver um aumento daquilo que foi o pacote proposto para Portugal em termos de desenvolvimento rural, Portugal considerará, como já considerou, inaceitável», afirmou Assunção Cristas, citada pela Lusa, em declarações aos jornalistas portugueses à saída do Conselho de Ministros de Agricultura e Pescas da União Europeia (UE), em Bruxelas.

«Acho que tem de haver um melhoramento do pacote a nível do desenvolvimento rural, sob pena de ser inaceitável para nós», acrescentou a ministra da Agricultura, qualificando como um «retrocesso» a proposta de orçamento comunitário apresentada durante a cimeira da semana passada.

«As propostas que vieram agora do Conselho Europeu são um retrocesso, no nosso entender, inadmissível, e é por isso que continuamos a trabalhar e não houve fecho de negociações», disse, salientando que «Portugal foi um dos países que não permitiu que se fechassem as negociações».

Assunção Cristas afirmou ainda que, durante a reunião de hoje, reiterou a «importância» que a Política Agrícola Comum (PAC) tem para Portugal e, em particular, «o pilar relativo ao desenvolvimento rural, aos fundos de investimento na agricultura».

A cimeira extraordinária de líderes europeus sobre o orçamento comunitário plurianual para 2014-2020, que decorreu na capital belga na quinta e na sexta-feira, terminou sem um acordo, tendo ficado adiada uma nova discussão sobre o tema para o início de 2013.

Durante a reunião, Van Rompuy apresentou aos chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) uma nova proposta de orçamento - que mantém uma redução do envelope global em cerca de 80 mil milhões de euros relativamente à proposta da Comissão Europeia, mas propõe uma redistribuição dos cortes que atenua as reduções nas áreas da coesão e agricultura -, que não reuniu consenso.

No final da cimeira, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, disse que a nova proposta de orçamento era uma boa «base» para um acordo e «melhor para Portugal» do que a anterior, referindo, contudo, que o documento «não representava» a «ambição» portuguesa.
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