CGTP: "Há que pôr o Novo Banco ao serviço do povo" - TVI

CGTP: "Há que pôr o Novo Banco ao serviço do povo"

Abertura do XIII Congresso da Inter, ficou marcada por fortes críticas às políticas de austeridade do anterior governo e pela promessa da continuação da luta dos trabalhadores pela mudança

A intervenção do secretário-geral da CGTP, na abertura do XIII Congresso da Inter, ficou esta sexta-feira marcada por fortes críticas às políticas de austeridade do anterior governo e pela promessa da continuação da luta dos trabalhadores pela mudança. E não só: o tema do Novo Banco também mereceu fortes críticas.

"Não é aceitável que os trabalhadores do Novo Banco sejam os que neste momento têm de pagar a fatura com a destruição do seu próprio emprego por negócios, por má gestão, por trafulhices que a gestão do BES, e agora a incapacidade da gestão do Novo Banco, acaba por não responder aos problemas", disse Arménio Carlos durante o seu discurso.

"Há aqui claramente um prejuízo para a população" e para "mil trabalhadores do Novo Banco que correm o risco de perder o emprego".

"Há que pôr o Novo Banco ao serviço do povo".

CGTP promete luta

"Não desistimos e não claudicámos, ao invés, resistimos e combatemos a poderosa ofensiva ideológica com que nos tentaram intoxicar", afirmou Arménio Carlos numa intervenção proferida na abertura do Congresso que se realiza hoje e sábado em Almada.

O líder da CGTP teceu igualmente fortes críticas às políticas orçamentais da União Europeia (UE), salientando que Portugal foi vítima dos seus impactos, do memorando da ‘troika' e do Governo PSD/CDS.

"No nosso país conhecemos e sofremos os impactos da política da UE, do memorando da ‘troika' e do Governo PSD/CDS, que desenvolveu uma política contra a Constituição da República, de afronta ao trabalho, de destruição de serviços públicos e de degradação das funções do Estado, que empurrou dois milhões e 700 mil portugueses para a pobreza e mais de um milhão para o desemprego, e forçou a emigração de centenas de milhares de portugueses", disse Arménio Carlos.

O secretário-geral da CGTP antecipou em meia hora a sua intervenção, inicialmente prevista para as 11:30, e depois de saudar todos os presentes, reafirmou que "a luta continua", levando os mais de 700 congressistas a aplaudi-lo de pé.

"Este é o tempo de concretizar a esperança e lutar pela mudança", disse depois aos congressistas presentes, antevendo "um tempo aliciante, recheado de desafios e de potencialidades".

O XIII Congresso começou com a apresentação de um filme que focou a crise dos refugiados, os vários setores do mundo do trabalho e o desemprego.

Não faltaram imagens de sucessivas manifestações da CGTP, nomeadamente, do Terreiro do Paço, em Lisboa, repleto de pessoas em protesto.

Seguiu-se um momento musical com a atuação de um grupo coral alentejano que entoou, entre outras, a Grândola Vila Morena e o hino da Intersindical.

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