Mais de metade das oficinas podia reparar mais carros - TVI

Mais de metade das oficinas podia reparar mais carros

Agência Financeira

Oficinas de reparação automóvel independentes funcionavam em 2010 a menos de metade da sua capacidade, reparando apenas um máximo de 25 veículos por semana, revela a ANECRA

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Mais de metade das oficinas de reparação automóvel independentes funcionava em 2010 a menos de metade da sua capacidade, reparando apenas um máximo de 25 veículos por semana, revela um estudo da associação do sector ANECRA.

O inquérito de conjuntura, que a Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) realiza anualmente e que na edição de 2010 contou com 178 respostas (cerca de seis por cento dos associados) revela que continuam a ser as oficinas independentes, sem estarem ligadas a uma rede ou marca, as que têm registado maiores dificuldades.

Cerca de 32 por cento destas oficinas reparam apenas até 10 automóveis por semana, cerca de 42 por cento entre 10 e 25 veículos por semana, 20 por cento entre 25 a 75 automóveis e apenas seis por cento repara mais de 75 automóveis por semana.

Nas oficinas de marca os números são mais animadores: 12 por cento repara até 10 veículos por semana, 15 por cento entre 10 a 25 veículos, 54 por cento entre 25 a 75 automóveis e os restantes 19 por cento mais de 75 veículos por semana.

A maioria (52 por cento) das oficinas chamadas independentes tem até cinco trabalhadores e 26 por cento entre seis a 10, enquanto nas oficinas de marca a maioria (69 por cento) tem mais de 10 empregados.

«O número de empresas até cinco trabalhadores tem baixado nos últimos anos», explicou á Lusa João Patrício, do gabinete técnico da ANECRA, salientando que a principal razão «deve ser» o encerramento.

Um dos maiores problemas é a reparação clandestina

Em 2010 encerraram 626 empresas no sector, a que se juntam 802 em 2009 e 112 em 2008, o que significa que nos últimos três anos fecharam 2540 oficinas em Portugal, segundo o estudo.

As maiores dificuldades das empresas do sector são a reparação clandestina, considerada o maior problema da actividade para 67 por cento das empresas de marca e para 59 por cento das oficinas independentes.

Outros problemas anunciados pelas oficinas são os atrasos nos recebimentos, os custos de gestão ambiental, o «excesso» de empresas no sector e os custos de operação.
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