Concorrência rejeita prática concertada de preços em voos para a Madeira - TVI

Concorrência rejeita prática concertada de preços em voos para a Madeira

  • PD
  • 5 abr 2017, 16:25
Easyjet (Lusa)

Autoridade da Concorrência considera que “não há indícios de cartelização” entre TAP e easyJet nos voos entre o continente e o Funchal

A Autoridade da Concorrência (AdC) concluiu que “não há indícios de cartelização” de preços praticados pelas companhias de aviação TAP e easyJet na rota Madeira-Continente.

Com base na análise efetuada não se pode concluir que exista uma coordenação de comportamentos [ao nível dos preços dos bilhetes] por parte da TAP e da easyJet [na ligação Madeira-Continente]”, disse Ana Sofia Rodrigues, economista chefe e diretora do Gabinete de Estudos e Acompanhamento de Mercados da Autoridade da Concorrência (AdC) numa audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Publicas.

Ouvida esta quarta-feira, a economista acrescentou: “A análise que fizemos permitiu demonstrar que não há indícios de cartelização, prática concertada ou acordo anticoncorrencial, embora haja um conjunto de elementos ou especificidades que são propícios a um poder de mercado”.

As audições dos presidentes dos Conselhos de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal, do regulador nacional do setor da aviação (ANAC) e da AdC foram aprovadas por unanimidade em 22 de fevereiro pelos deputados da comissão parlamentar, na sequência de um requerimento apresentado pelo PS.

Ana Sofia Rodrigues explicou que a evolução dos preços médios na rota Lisboa-Funchal. Ao nível da concorrência, essas alterações sugerem o “efeito de sazonalidade da procura” nas estratégias de preço dos operadores, embora não permita tirar a ilação de que “há cartelização” dos preços.

A análise da AdC permitiu concluir que os preços médios da TAP são superiores em 1,5 vezes aos da easyJet.

A TAP é uma companhia aérea tradicional e a easyJet uma companhia de baixo custo, além de que a transportadora aérea nacional oferece maior número de frequências diárias e, por isso, disponibilize uma maior flexibilidade de escolha”, afirmou.

Além disso, tanto a easyJet como a TAP não têm acordos de ‘code share’ (partilha de voos) nesta rota e também “não fazem parte da mesma rede de alianças internacionais”, esclareceu.

Atualmente, na rota Lisboa-Funchal a TAP opera com um total de 93 frequências semanais e a easyJet oferece 33.

As quotas de mercado, em número de passageiros, mostram que a TAP representa 73% e a easyjet 27%.

Continue a ler esta notícia