TAP: greve dos tripulantes com adesão quase total - TVI

TAP: greve dos tripulantes com adesão quase total

Greve na TAP (EPA/MARIO CRUZ)

Balanço é do Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil, que diz que empresa prevê realizar até às 13:30 «apenas» oito voos

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A greve dos tripulantes da TAP, que começou às 00:00 desta terça-feira para exigir o cumprimento do Acordo de Empresa em vigor desde 2006, está com uma adesão perto dos 100%, disse à Lusa uma fonte sindical.

«A adesão está muito elevada, perto dos 100%. Os trabalhadores que se apresentaram hoje ao serviço estão a cumprir os serviços mínimos», disse à agência Lusa Nuno Fonseca, da direção do Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil.

De acordo com Nuno Fonseca, a TAP prevê realizar até às 13:30 «apenas» oito voos.

«Em termos de voos depois do trabalho de cancelamento e de remarcação de voos são até às 13:30 apenas oito voos previstos com equipamento TAP, feito com tripulantes da TAP. Todos os outros são Portugália. Assim, são apenas oito voos, sendo que quatro são serviços mínimos», adiantou.

A TAP adiantou na segunda-feira que está prevista a realização de cerca de um terço dos 280 voos programados, somando os voos operados pela Portugália Airlines, os voos declarados pelo Conselho Económico e Social como serviços mínimos e ainda cerca de 20 voos de regresso.

O CES declarou como serviços mínimos os voos Rio de Janeiro/ Lisboa, São Paulo/ Lisboa/ São Paulo, Lisboa/ Maputo/ Lisboa, Lisboa/ Funchal/ Lisboa, Lisboa/Terceira/Lisboa e Ponta Delgada/Lisboa/ Ponta Delgada.

Os tripulantes de cabine da TAP iniciaram às 00:00 de hoje o último de quatro dias de greve para exigir o cumprimento do Acordo de Empresa, que foi entretanto denunciado pela companhia aérea.

Em declarações à Lusa, Nuno Fonseca, do SNPVAC, disse que a posição da administração da empresa «é de má-fé» e de destruição da companhia.

«Obviamente que agora há aqui mais pesos que entraram nesta equação como a decisão da TAP nesta altura de denunciar o acordo de empresa. Portanto, as pessoas ficaram ainda mais sensibilizadas para o facto de que esta administração não está interessada em negociar, nem garantir qualquer tipo de condições de trabalho aos trabalhadores», salientou.

A 15 de outubro, o sindicato entregou um pré-aviso de greve de quatro dias, repartido em dois períodos: o primeiro foi a 30 de outubro e 01 de novembro e o segundo cumpriu-se no domingo e termina na terça-feira.

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