TAP: sindicatos acusam Governo de tentar iludir portugueses - TVI

TAP: sindicatos acusam Governo de tentar iludir portugueses

Plataforma que convocou a greve reage à requisição civil anunciada pelo Governo. Dizem que o Executivo quer responsabilizar os trabalhadores pelas consequências de decisões que lhes são alheias

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A plataforma de sindicatos do grupo TAP acusa o Governo de querer responsabilizar os trabalhadores pelas consequências de decisões que lhes são alheias e de tentar iludir os portugueses sobre as consequências da privatização.

Duas horas após o Governo ter anunciado a aprovação da requisição civil na TAP, os 11 sindicatos consideraram, em comunicado, que «o Governo demostra que não conhece a história da TAP, em concreto no que concerne aos efeitos das requisições civis na empresa» nem «o que se passa» na companhia.

«O Governo não assume as suas responsabilidades pelos erros e omissões cometidos pela gestão da TAP em nome dos portugueses», criticam os sindicatos num curto comunicado com cinco pontos, no qual não referem que posição vão adotar na sequência do anúncio o Governo.

O ministro da Economia, Pires de Lima, defendeu esta quinta-feira que «uma situação excecional exige uma tomada de medida excecional» para justificar a decisão do Governo de decretar a requisição civil dos trabalhadores da TAP para minimizar o impacto da greve de quatro dias entre o Natal e o Ano Novo.

Em comunicado, a plataforma da TAP disse que o Governo «quer responsabilizar os trabalhadores da TAP pelas consequências das decisões que lhes são alheias, em particular pelos prejuízos acumulados na VEM, no Brasil, de mais de 500 milhões de euros».

Mais, continuam os sindicatos, «procura iludir os portugueses sobre as graves consequências desta privatização da TAP para o interesse nacional, no plano económico e estratégico».

A plataforma que representa os trabalhadores da TAP - grupo que entretanto o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), afeto à UGT, abandonou - convocou uma greve de quatro dias, entre 27 e 30 de dezembro, na sequência da recusa do Governo de suspender a privatização da companhia.
 

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