Schäuble para Portugal: “Certifiquem-se de que não precisam de resgate” - TVI

Schäuble para Portugal: “Certifiquem-se de que não precisam de resgate”

  • VC
  • 15 mar 2017, 12:43
Wolfgang Schäuble

Ministro alemão das Finanças voltou a deixar avisos ao Governo português, depois de alguns meses sem fazer soar os alarmes de um novo pedido de assistência financeira

Para Wolfgang Schäuble, a pressão decorrente dos planos de resgate aos países periféricos "funcionou bem". No entanto, e por ser preciso não deixar o comboio descarrilar, acaba de deixar um novo aviso a Portugal.

O meu alerta para Portugal é: assegurem-se que não será necessário um novo programa [de assistência financeira]".

As declarações do ministro alemão foram proferidas em conferência de imprensa, em Berlim, e estão a ser avançadas pela Bloomberg e a ser citadas pela imprensa. 

O titular da pasta das Finanças da maior economia europeia defendeu, ainda, que os resgates aplicados até agora ajudaram os países a regressar ao crescimento económico e a ter as contas mais em ordem. "Bons resultados" que advieram também da tal pressão que foi colocada sobre as autoridades governamentais, que Schauble quis hoje lembrar com o seu discurso.

Em outubro último, o governante alemão disse que o país estava a ser "muito bem-sucedido até ao novo Governo" entrar em funções. A Comissão Europeia saiu, nessa altura, em defesa de Portugal.

Os mercados são sempre os primeiros a reagir a declarações de personalidades influentes como esta, sendo que as obrigações do tesouro a 10 anos (que servem de referência) continuam muito perto dos 4%. 

O ministro português das Finanças, Mário Centeno queixa-se de Portugal estar a ser tratado de forma injusta pelos mercados, quando entende que o país tem dado provas de uma trajetória orçamental para vitalizar a economia e que fez por conseguir sair (como se espera) do procedimento por défice excessivo.

Já o leilão de dívida de curto prazo, que decorreu esta manhã, teve resultados positivos: o Estado colocou o limite mínimo de dívida a que se propunha - 1.250 milhões de euros - a taxas de juro negativas, ainda mais negativas do que na última emissão com as mesmas características.

 

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