CGD disponível para instalar área automática em Almeida - TVI

CGD disponível para instalar área automática em Almeida

  • VC
  • 4 mai 2017, 12:51
Caixa Geral de Depósitos

Balcão desta vila do distrito da Guarda fechou esta semana. Aquele que fica mais perto está a 15 quilómetros de distância

A Caixa Geral de Depósitos está disponível para instalar uma área automática na sede da Câmara de Almeida, na Guarda, com o apoio temporário de trabalhadores do banco. No fundo, uma caixa multibanco que permite utilizar também cadernetas. Isto depois de o banco público ter recusado, há dois dias, receber o presidente do município, e na semana em que o balcão em causa fechou.

Na terça-feira, habitantes de Almeida ocuparam pacificamente o balcão da CGD no concelho, em protesto contra o seu encerramento. Foi isso que levou a administração do banco a cancelar a reunião marcada, em Lisboa, com o presidente daquele município. 

Não obstante, e apesar de sermos totalmente alheios a eventuais interesses políticos e/ou eleitorais, [...] manifestamos o nosso maior interesse em manter os serviços bancários na localidade de Almeida em concorrência com a Caixa Agrícola (CCMA), nos moldes acordados com as partes"

É o que diz o administrador executivo da CGD, José João Guilherme, numa carta ao presidente da Câmara de Almeida, António Baptista Ribeiro (PSD), datada de quarta-feira e a que a agência Lusa teve hoje acesso.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse ontem que quer saber melhor o que se passa com este balcão em concreto.

Segundo a carta, o banco público mantém a disponibilidade de avançar com a instalação de uma área automática na sede da Câmara Municipal, ou outro local a acordar com as partes. Algo que já tinha sido proposto ao presidente do município no dia 18 de abril.

Seria complementada com o apoio temporário dos trabalhadores da Caixa em determinados dias e horário previamente estabelecido - com o objetivo de esclarecer dúvidas e apoiar na utilização dos serviços de self-banking e atendimento telefónico à distância".

O administrador da CGD salienta que foi acordado com o autarca de Almeida a "deslocação diária, por um período transitório (entre três a seis meses), de colaboradores da Caixa, com o objetivo de, esclarecer dúvidas; apoiar os clientes na utilização do parque de máquinas; apoiar os clientes na adesão a produtos de movimentação e de contacto com o banco, nomeadamente cartões de débito e homebanking ('Caixadirecta')".

Admite ainda a manutenção temporária "da área automática da Agência de Almeida" (nas atuais instalações da CGD) e acrescenta que a solução do Banco Móvel (uma carrinha) está "em desenvolvimento".

O balcão de Almeida é um dos 61 que a CGD pretende encerrar, no âmbito do Plano Estratégico da Caixa e decorre da "recorrente geração de prejuízos associada à operação, do recorrente decréscimo da atividade e do elevado número de transações suscetíveis de serem feitas em ATS/Caixas Automáticas".

No caso de Almeida, os habitantes terão de se deslocar a Vilar Formoso, que fica a cerca de 15 quilómetros da sede de concelho - o que tem motivado o protesto da população, até porque só há um autocarro, que tem uma única viagem de ida, de manhã, e de volta, ao final da tarde.

O administrador José João Guilherme enviou também, na quarta-feira, uma carta ao vice-presidente do município, Alberto Morgado, que na terça-feira deu "mais um dia" à CGD para repensar o encerramento do balcão no concelho.

Vimos por este meio reiterar que tais métodos configuram uma forma de pressão, não legítima e imprópria de um Estado de direito.  [A CGD] mantém, de boa-fé, o compromisso assumido, alheio a motivações políticas, mantendo-se disponível para a realização da reunião, tendo em vista alcançar as melhores soluções para a continuação da prestação do serviço bancário aos seus clientes"

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