​Apesar dos prejuízos BPI tem condições para comprar Novo Banco - TVI

​Apesar dos prejuízos BPI tem condições para comprar Novo Banco

Fernando Ulrich [Foto: Lusa]

Fernando Ulrich revelou que em 2014 o banco teve 161,6 milhões de euros de prejuízos, bastante acima do estimado pelos analistas

Relacionados
O presidente do BPI afirmou esta quinta-feira que, apesar dos prejuízos apresentados em 2014, o banco tem todas as condições e «acionistas fortes» para mobilizar recursos para a possível aquisição do Novo Banco.

Fernando Ulrich, que falava na conferência de imprensa de apresentação de resultados anuais do BPI em Lisboa, adiantou que tanto pode contar com os acionistas do BPI como recorrer ao mercado de capitais para apresentar uma boa proposta para o Novo Banco.

«A capacidade do BPI de investir no Novo Banco não depende de resultados e isso depende da capacidade do BPI para mobilizar investidores e, como consequência, contará desde logo com os seus acionistas e, se for necessário, com acesso ao mercado de capitais», adiantou Ulrich.

Sobre o processo de venda do Novo Banco, o presidente do BPI não se quis alongar até porque «está agora a arrancar formalmente», pelo que, a partir do momento em que o banco está envolvido, «como regra não falarei mais».

O BPI teve prejuízos de 161,6 milhões em 2014, um resultado bem mais negativos do que o esperado pelos analistas, que estimavam perdas do banco na ordem dos 91,4 milhões de euros. 

Segundo o banco, em comunicado enviado ao regulador dos mercados, o resultado do ano foi penalizado por resultados não recorrentes na atividade doméstica, que tiveram u
m impacto negativo de 264,3 milhões. Excluindo esses resultados não recorrentes, o lucro líquido consolidado ascenderia a 102,6 milhões.

Fernando Ulrich recusou-se ainda a comentar qual será a solução que a instituição financeira pretende dar para cumprir a regulação imposta pelo Banco Central Europeu e que tem a ver com o seu subsidiário em Angola, o BFA. 

O BCE quer que o BPI, durante este ano, resolva a situação de ter uma exposição exagerada à dívida soberana de Angola através do Banco de Fomento de Angola (BFA), no qual detém 50,1%, correndo o perigo de passar de um rácio de capital (core tier 1) de 12,5% para 10,7%. 
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE