Tombo de 10% no BCP não trava recuperação da bolsa - TVI

Tombo de 10% no BCP não trava recuperação da bolsa

Manhã negra para a banca numa altura em que da Europa, sobretudo da Itália, também há sinais de preocupação no setor financeiro

Manhã negra para o banco liderado por Nuno Amado. O BCP caiu 12%, na abertura, e continua a descer mais de 10% para 1,158 euros.

Em causa a venda de 4,08% do seu capital por parte do acionista espanhol Sabadell a 1,15 euros por ação, o que representa um desconto de 11%. O Sabadell era o terceiro maior acionista do BCP, a seguir aos chineses da Fosun e à estatal angolana Sonangol.

O PSI20 acaba por ser arrastado pelo título do BCP e tentar, a todo o custo, recuperar para acompanhar a alta da Europa. 

Os investidores olham ainda com particular atenção para o BPI, após se saber que foi dado mais um passo para que se possa fechar a venda de 2% do capital do angolano Banco de Fomento de Angola, à operadora de comunicações angolana Unitel. Com esta venda, a Unitel passará a ter a maioria do capital (51%) do BFA. Em troca, pela perda de controlo do BFA – condição essencial para que o BPI reduza a exposição ao risco no mercado angolano imposta pelo Banco Central Europeu - além do montante pago, o BPI assegurou que a Santoro, igualmente de Isabel dos Santos, votaria a favor da desblindagem de estatutos do banco português – o que já aconteceu - para que se conseguisse acomodar a Oferta Pública de Aquisição do espanhol CaixaBank

Para a concretização deste acordo, há uma nova etapa a superar: a aprovação do negócio em assembleia-geral de acionistas do BPI, que se realiza esta terça-feira. Num dia em que as ações deslizam 0,08% para 1,129 euros.

Sem conseguir definir o rumo está ainda a Galp. Depois de uma semana passada de ganhos, e de ontem ter voltado a crescer, perde 0,49% para 13,975 euros. Talvez com os investidores a aproveitarem para fazer algumas mais-valias mas também porque o crude está em queda nos mercados internacionais. Mesmo assim uma queda ligeira tanto para os futuros – contrato de petróleo negociados hoje para entrega futura - do Brent, negociado em Londres e que serve de referência às nossas importações, como em Nova Iorque.

No dia 30 de novembro, o desfecho da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) fez disparar os preços da matéria-prima. A OPEP conseguiu fechar um acordo com países dentro e fora da Organização, como a Rússia, para travar a oferta de ouro negro no mercado. E reação foi imediata. Os futuros do Brent chegaram a superar os 55 dólares o barril e acabou nos 54,46 dólares a semana. Mais 15% face ao final da semana anterior e o maior ganho desde 2009. Por sua vez, o norte-americano West Texas Intermediate (WTI) subiu até aos 51,68 dólares por barril. Um crescimento de 12% e o valor mais alto desde o início de 2011. Hoje os valores estão nos 55,83 e 52,56 dólares o barril, respetivamente.

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