O presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, recusa comentar a polémica em torno dos salários da nova administração da CGD, considerando que o essencial é conhecer os detalhes do torno do plano de capitalização do banco público.
Não vou comentar a questão dos salários numa instituição concorrente do BPI. É pena que não tenha sido possível, até agora, focar as atenções no essencial. E o essencial é o plano de capitalização e porque precisa. E qual é o plano de ação que a Caixa vai pôr em marcha para rentabilizar esse plano de ação”, disse o presidente executivo aos jornalistas durante a conferência de apresentação dos resultados trimestrais.
Sobre a medida que o Governo está a preparar para retirar o crédito malparado do balanço dos bancos, e que o primeiro-ministro, António Costa, disse, em entrevista à TVI, que irá anunciar até ao final do ano, Ulrich, espera que a solução não implique custos para os bancos que estão bem e não precisam dessa medida.
Se o que está na sua pergunta é que para resolver problemas de [crédito] malparado dos bancos que estão mal os bancos que estão bem vão ter de suportar custos, isso nunca me passou pela cabeça", afirmou.
E a corrida ao Novo Banco?
O banqueiro recusou ainda qualquer falta de sintonia entre o acionista CaixaBank e a gestão, no que toca à corrida ao Novo Banco. "Completamente de acordo" com a forma como está a ser gerido o processo de tentativa de compra da instituição.
"Quero desmentir veementemente. Se há matéria em que estamos completamente de acordo é no que toca ao Novo Banco", acrescentou sem adiantar se o BPI vai avançar com uma proposta e refugiando-se na confidencialidade do tema.