Montepio vendeu 30% do Finibanco Angola - TVI

Montepio vendeu 30% do Finibanco Angola

Exclusivo TVI: Montepio diz que negócio foi concretizado a 15 euros por ação

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O Montepio vendeu 30,57% do Finibanco Angola ao empresário angolano Mário Palhares e passa a deter apenas 51% do banco. A decisão do conselho de administração da Montepio Holding foi tomada a 18 de março passado.

O negócio foi concretizado dias antes da assembleia geral marcada para eleger a nova administração do Banco Montepio.

De acordo com informação oficial veiculada pelo Montepio à TVI, a venda foi feita a 15 euros por ação, quando nas últimas contas conhecidas da Montepio Holding (2013), dona da participação no banco angolano,  o Finibanco Angola estava contabilizado a 6,48 euros por ação.

No documento da administração da Montepio Holding que aprovou a celebração do contrato promessa de compra e venda, de 18 de março, era referido o valor de venda de 740 kwanzas por ação (cerca de 5,34 euros).

A operação foi feita por 26 milhões de euros.

O grupo Montepio controlava 81,57% do banco angolano depois de, em 2013, os parceiros angolanos não terem acompanhado um aumento de capital da instituição financeira. Nessa altura ficou previsto que o Grupo Montepio reduziria a sua participação para 51% do capital, por imposição das autoridades de Luanda e à semelhança do que tem acontecido com outros bancos participados por instituições financeiras portuguesas.  

O Montepio passa então a deter 51%, e o empresário angolano Mário Palhares, que preside ao Banco de Negócios Internacional, reforça a posição para 49% do Finibanco Angola.

Tomás Correia, que esta quarta-feira deixa a presidência da Caixa Económica Montepio,  mantém-se como presidente do Finibanco Angola.  

A nova administração da Caixa Económica terá dois administradores em comum com o Finibanco Angola: João Cunha Neves e Luís Almeida.

O Finibanco Angola tem estado na mira das autoridades de supervisão, devido a transações de clientes suspeitas de indiciarem branqueamento de capitais. Outro dos alertas para o supervisor foi, como noticiou a TVI, o facto de a instituição ter financiado clientes que compraram unidades de participação do Montepio, como Paulo Guilherme, e o empresário angolano Eurico Brito.

Recorde-se que Paulo Guilherme é filho do construtor José Guilherme, que deu uma prenda de 14 milhões de euros a Ricardo Salgado.
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