O Banco de Portugal anunciou este domingo que a operação “envolve um apoio público estimado de € 2 255 milhões que visam cobrir contingências futuras, dos quais € 489 milhões pelo Fundo de Resolução e € 1 766 milhões diretamente pelo Estado”.
O Governo já admitiu que a solução traz um custo “muito elevado” para os contribuintes, mas defende que é a solução que “melhor defende os interesses nacionais”.
Em comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários, o Santander informa que pagará 150 milhões pelo negócio da banca comercial (ativos e passivos do Banif).
“Outros ativos e passivos ficam no Banif, que é a entidade responsável por possíveis litígios derivados da sua atividade no passado, para a sua liquidação ou venda”
O banco espanhol sublinha que o Banif representa 2,5 pontos de quota de mercado, com uma rede de 150 balcões e 400 mil clientes. É especialmente relevante nos arquipélagos da Madeira e Açores, onde tem quotas de mercado muito elevadas, aponta a nota.
“A aquisição do Banif é mais uma demonstração da aposta do banco Santander em Portugal, um dos principais países do grupo. Estamos totalmente comprometidos com o desenvolvimento económico de Portugal e vamos colocar todas as nossas capacidades no apoio ao desenvolvimento das pessoas e das empresas nas comunidades onde desenvolvemos as nossas atividades”, refere Ana Botín, presidente do banco espanhol.
O Banif, sétimo maior grupo bancário português, anunciou sexta-feira passada que tinha recebido seis propostas de candidatos a investidores estratégicos para comprarem os 60,5 pct detidos pelo Estado.