​Ulrich recusa comentar exposição do BPI a Angola  - TVI

​Ulrich recusa comentar exposição do BPI a Angola

Fernando Ulrich [Foto: Lusa]

Banco central quer que o BPI, durante este ano, resolva a situação de ter uma exposição exagerada à dívida soberana de Angola através do Banco de Fomento de Angola

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O presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, recusou-se esta quinta-feira a comentar qual será a solução que a instituição financeira pretende dar para cumprir a regulação imposta pelo Banco Central Europeu (BCE) e que tem a ver com o seu subsidiário em Angola, o BFA.

O BCE quer que o BPI, durante este ano, resolva a situação de ter uma exposição exagerada à dívida soberana de Angola através do Banco de Fomento de Angola (BFA), no qual detém 50,1%, correndo o perigo de passar de um rácio de capital (core tier 1) de 12,5% para 10,7%.

Fernando Ulrich disse estar a «trabalhar com o BCE» e que não se compromete com qualquer solução.
«Uma coisa é o BFA, que não é afetado pela regulação europeia, e outra o BPI, que a tem de cumprir», afirmou, acrescentando que o banco angolano seguirá «o seu caminho» e o BPI o seu.

Questionado se as soluções passariam, por exemplo, por baixar a sua participação acionista no BFA, vender parte da dívida pública angolana ou comprar o Novo Banco, Fernando Ulrich respondeu sempre «não comento».
O responsável afirmou que o impacto da queda dos preços do petróleo em Angola não irá afetar os acionistas angolanos do BPI e, nomeadamente, a empresária Isabel dos Santos.

O presidente do BPI considerou mesmo que o apoio de Isabel dos Santos para o desenvolvimento dos projetos da instituição financeira, como a expansão em Angola, a compra do Novo Banco, ou o cumprimento da aplicação da regra dos grandes riscos imposta pelo Banco Central Europeu, não está em risco.

«Não penso que resulte daí nenhum problema especial», afirmou Fernando Ulrich, acrescentando que «a Unitel [que detém 49,9% do BFA] tem uma situação fortíssima»», referiu.

«Não conheço todos os recursos do grupo Santoro e da engenheira Isabel dos Santos. A Unitel tem um investimento importante no banco. Não penso que tenha muitas atividades ligadas ao petróleo em Angola», concluiu.

O BPI teve prejuízos de 161,6 milhões em 2014, um resultado bem mais negativos do que o esperado pelos analistas, que estimavam perdas do banco na ordem dos 91,4 milhões de euros. ​

 
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