Os indicadores coincidentes mensais para a atividade económica e para o consumo privado voltaram a aumentar em março, face ao mês anterior, seguindo a trajetória ascendente iniciada em agosto do ano passado, informou hoje o Banco de Portugal (BdP).
Em março, a taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi negativa em 2,8%, recuperando face aos -3,7% de fevereiro, enquanto a variação homóloga do indicador para o consumo privado passou de -1,3% em fevereiro para -0,3% em março.
Considerando o trimestre terminado em março, as taxas de variação homóloga dos indicadores para a atividade económica e para o consumo privado foram negativas em 3,6% e 1,3%, respetivamente, melhorando face aos -4,2% e -2,4%, pela mesma ordem, do trimestre terminado em fevereiro.
Desde o início do ano, a taxa média de variação do indicador coincidente mensal para a atividade económica é de -3,6%, enquanto a do indicador coincidente mensal para o consumo privado é de -1,3% (em 2020 a taxa média de variação destes indicadores foi de -5,1% e -5,0%, respetivamente).
Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico, pelo que não refletem em cada momento a taxa de variação homóloga do respetivo agregado de Contas Nacionais.
Ressalvando que a incorporação de nova informação pode refletir-se mensalmente na revisão dos valores passados dos indicadores coincidentes, o BdP alerta que, “na atual conjuntura, face às variações bruscas e significativas nas séries usadas no cálculo dos indicadores coincidentes, é expectável que se verifiquem revisões mensais nestes indicadores superiores às habituais”.
“Adicionalmente – acrescenta – o perfil alisado subjacente à metodologia de cálculo dos indicadores pode implicar revisões mensais com um sentido que difere ao longo do tempo”.