Banca: exposição "significativa" a Angola entre os maiores riscos - TVI

Banca: exposição "significativa" a Angola entre os maiores riscos

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Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal aponta três classes de ativos que podem comprometer a saúde financeira dos bancos portugueseses. Regulador pede, por outro lado, redução de custos

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Os principais riscos para a estabilidade dos bancos portugueses são a sua exposição "significativa" ao setor imobiliário e a Angola, advertiu esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP), no seu Relatório de Estabilidade Financeira (REF).

O documento indica que, apesar de em 2014 o sistema financeiro português se ter desenvolvido "num quadro de recuperação de atividade económica e de correção dos desequilíbrios macroeconómicos", existem ainda riscos para a estabilidade financeira, entre os quais a "concentração significativa em determinadas classes de ativos", cita a Lusa.

Ou seja, o Banco de Portugal identifica três classes de ativos: o setor imobiliário, a exposição dos bancos à dívida soberana - que aumentou de 2013 para 2014 - e a exposição das instituições financeiras "a países produtores de petróleo afetados pela descida do preço", tal como Angola.

O REF refere que existe "uma elevada exposição das instituições de crédito ao setor imobiliário" e que reduções do valor dos ativos "vulnerabilizam o balanço das instituições financeiras". As linhas críticas são sublinhadas:

"Deterioração de imóveis, participação em fundos de investimento imobiliário e fundos de reestruturação, crédito concedido a setores relacionados com atividades de construção e imobiliário, e garantias imobiliárias associadas ao crédito".


Assim, o BdP aconselha a que "se proceda ao adequado registo do valor destas exposições" e se promovam esforços para "reduzir gradualmente as exposições ao setor" aproveitando a recuperação do mercado imobiliário.

Relativamente a Angola e países afetados pela queda do preço do petróleo, o REF indica que, "apesar do impacto positivo no crescimento económico em Portugal", existe ainda "uma exposição indireta do setor financeiro residente às empresas portuguesas com relações comerciais ou de investimento direto em Angola".

Por fim, o BdP alerta para a elevada exposição dos bancos portugueses à dívida soberana, "em particular à dívida pública nacional, que pode, entre outros, aumentar custos associados à manutenção no balanço dos bancos".
 

 

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