A enorme reestruturação que atravessa o setor financeiro em Portugal está a alterar de forma significativa as estruturas dos bancos, noticia o Diário de Notícias/ Dinheiro Vivo.
Os quadros das instituições estão mais envelhecidos, mas também mais qualificados. Contudo, são os jovens os que mais estão a sofrer. Os bancos fecharam 1.400 balcões e empregam hoje menos 64% de trabalhadores até aos 29 anos. E menos de 10% dos quadros foram contratados nos últimos cinco anos - em 2011, valor chegava a 23%.
A banca atingiu o pico em 2011, com 6.306 agências por todo o país, que empregavam 57.069 trabalhadores. Mais 66 balcões que um ano antes e mais 225 colaboradores, de acordo com a Associação Portuguesa de Bancos (APB).
Quando chegou a Troika, ficou impossível de disfarçar que a banca vivia acima das possibilidades e ia entrar em fase de vacas magras, mais exigência e concorrência e menores rendimentos.
"Estas condicionantes, aliadas aos elevados níveis de capacidade instalada, quando comparada com a de outros países europeus, tornaram imperativo o aumento da eficiência dos bancos designadamente através da maior flexibilização dos quadros de pessoal e da redução das estruturas de custos", sintetiza Fernando Faria de Oliveira, presidente da APB.