Durão quer quer apoio a jovens e PME no centro da cimeira - TVI

Durão quer quer apoio a jovens e PME no centro da cimeira

Durão Barroso [LUSA]

Presidente da Comissão Europeia diz que Europa tem de quebrar o ciclo vicioso

O presidente da Comissão Europeia defendeu hoje, em Estrasburgo, França, que a próxima cimeira de líderes europeus deve centrar-se em medidas de apoio a emprego para os jovens e financiamento a pequenas e médias empresas (PME).

José Manuel Durão Barroso, que se dirigia aos eurodeputados num debate no hemiciclo sobre a agenda do Conselho Europeu de 27 e 28 de junho, defendeu que esta é a altura de desenvolver aquilo que classificou como «um consenso europeu», no sentido de promover o crescimento e o emprego na UE.

«Temos de ir mais além nos nossos esforços para o crescimento a nível europeu e nos Estados-membros. E vejo este Conselho Europeu focado sobretudo em duas questões: emprego, designadamente o emprego jovem, e financiamento da economia, sobretudo das PME», declarou, citado pela Lusa.

Relativamente à questão do desemprego jovem, com taxas «inaceitavelmente elevadas», Durão Barroso sublinhou a importância de implementar o mais rapidamente possível as iniciativas já acordadas, como a «garantia jovem», e concentrar o financiamento de medidas nos primeiros anos do próximo quadro orçamental comunitário, ou seja, «em 2014, 2015 e 2016».

Quanto aos problemas que as PME sentem para ter acesso a crédito, Durão Barroso defendeu ser fundamental este fenómeno, particularmente grave nos países mais atingidos pela crise e castigados pela situação geográfica (como Portugal).

«Este é um círculo vicioso que temos de quebrar. Os países que têm mais necessidade de investimento e de regresso a um setor financeiro normal são aqueles onde as medidas nacionais, por si só, poucas possibilidades têm de alcançar tal resultado no curto prazo. Se não houver confiança, os bancos não emprestam e as empresas ficam relutantes em pedir», apontou, defendendo neste contexto um papel importante a desempenhar pelo Banco Europeu de Investimento.

Segundo o presidente da Comissão, é por isso que é necessário um «consenso europeu que ajude a restaurar a confiança, quebrando o círculo vicioso e promovendo a atividade económica».
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