Ninguém emprestaria dinheiro à Grécia se não acreditasse - TVI

Ninguém emprestaria dinheiro à Grécia se não acreditasse

Barroso

Barroso defende que «a melhor prova de que há na confiança no sucesso do programa grego» foi o acordo na zona euro para o segundo pacote de ajuda

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O presidente da Comissão Europeia defendeu esta quarta-feira que «a melhor prova de que há na confiança no sucesso do programa grego» foi o acordo na zona euro para o segundo pacote de ajuda, pois ninguém emprestaria «tanto dinheiro» se não acreditasse.

Durão Barroso, que falava em Bruxelas, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, ao ser questionado sobre por que motivos há razões para acreditar que desta vez a ajuda à Grécia produzirá efeitos, lembrou que «os Estados-membros da zona euro decidiram agora, unanimemente, um novo programa que pode ascender a 130 mil milhões de euros».

«Acreditam que alguém põe 130 mil milhões de euros em algo em que não acredite que vá resultar? Se 17 membros da zona euro se comprometem com empréstimos desta envergadura, além do que já foi dado, penso que esta é a melhor prova de que vai funcionar. Ou seria uma irresponsabilidade, e eu não acredito que um ministro das Finanças aprove um programa se não acreditar que vá funcionar», declarou.

Insistindo que o que está em causa «é muito dinheiro, sob quaisquer padrões», que alguém só está disposto a emprestar se acreditar que vai ser reembolsado, Durão Barroso disse que há por isso uma «obrigação de sucesso», sublinhando que agora cabe às autoridades gregas implementar as medidas acordadas, para o que podem contar com o apoio de Bruxelas.

Durão Barroso disse ainda acreditar que o segundo programa de assistência financeira acordado em princípio pelo Eurogrupo seja formalmente lançado em março, depois de definida designadamente a participação concreta do setor privado no perdão parcial da dívida.

A reunião de hoje entre Barroso e Papademos, e que juntou outros membros da Comissão, destinou-se todavia a discutir formas de promover o crescimento na Grécia, designadamente de que modo se poderá «acelerar alguns programas que podem apoiar o crescimento e criação de empregos e mitigar o impacto social de algumas medidas», sem que tal represente mais custos.
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