Insegurança na Europa também chega aos mercados - TVI

Insegurança na Europa também chega aos mercados

Acresce ao maior risco de insegurança, a instabilidade da banca italiana a pressionar os mercados. BCP é dos poucos títulos em queda na praça nacional que negoceia sem força

A bolsa nacional segue a tendência pouco definida do resto da Europa.

E há razões para esta falta de força nos mercados europeus. Desde logo o regresso do clima de insegurança que ontem se voltou a sentir, tanto na Alemanha como na Turquia.

Ontem, ao final do dia, um camião abateu-se sobre um mercado de Natal no centro de Berlim, matando 12 pessoas e ferindo outras 48 pessoas, deixando muito evidente a possibilidade de se tratar de mais um atentado terrorista. Em Ancara, o embaixador russo na Turquia foi baleado nas costas e morto enquanto falava numa galeria de arte na capital turca. O atirador era um polícia, fora de serviço, que gritava palavras de ordem enquanto disparava.

Acresce ao maior risco de insegurança, a instabilidade da banca italiana a pressionar os mercados.

Ontem o governo italiano decidiu solicitar a aprovação parlamentar para pedir emprestados 20.000 milhões de euros de modo a garantir a estabilidade do setor. O que deixa antever que pode estar mais próximo o resgate do terceiro maior banco, Monte dei Paschi di Siena, como os mercados têm vindo a temer e antecipar. No principal índice português, o PSI20, que cresce 0,53% para 4.644,96 pontos, o BCP é, juntamente, com a Sonae Capital, os únicos títulos em baixa esta manhã.

O banco liderado por Nuno Amado cai 0,49% para 1,117 euros, um dia depois de ter aprovado, em reunião magna de acionistas, a blindagem de estatutos de 20 para 30% e o presidente executivo ter assumido que está aberta a porta para o reforço acionista – deixando no ar a ideia, mais que aguardada, de um crescendo da posição dos chineses sa Fosun na estrutura acionista do banco.

Na energia dá cartas a Renováveis, a ganhar 1,07% para 5,941 euros, após anunciar que, através da sua subsidiária EDP Renewables North America completou o financiamento de tax equity no montante de 343 milhões de dólares (328,3 milhões de euros) com o Bank of America Merrill Lynch e Bank of New York Mellon, em troca de um interesse económico no parque eólico Hidalgo de 250 megawatts MW, no estado do Texas, e no parque eólico Jericho Rise de 78 MW, no estado de Nova Iorque.

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